Andrei Molodkin, artista plástico, anunciou que está pronto para destruir 16 obras de arte, entre as quais telas de Picasso, Rembrandt e Warhol, se Julian Assange, jornalista australiano preso no Reino Unido à espera de ser extraditado para os EUA, morrer na prisão.
As obras de arte reféns de Molodkin já estão guardadas a 7 chaves. São pinturas estimadas em cerca de 40 milhões de euros, segundo afirma o próprio Molodkin..
Esta história foi contada ontem, pela televisão Sky News.
Molodkin não está sozinho na missão de salvar Julian Assange. As obras de arte foram-lhe entregues por Giampaolo Abondio, um galerista italiano que já exibiu uma exposição com obras de Molodkin. Abondio terá dito que as pinturas estão armadilhadas com uma substância “extremamente corrosiva” que será derramada se Assange morrer.
Esta história baseia-se apenas em afirmações de Molodkin e Abondio, as pinturas ameaçadas não foram mostradas. O que se vê no vídeo da Sky News são caixotes dentro de um cofre. No vídeo podemos ver uns contentores brancos de tampa vermelha onde supostamente estará a substância corrosiva. Mas pode ser tudo uma espécie de “golpe publicitário”, não só para chamar a atenção para a situação do prisioneiro, mas para autopromoção do artista e do galerista.

Seja como for, Assange aguarda a decisão final do tribunal que, no próximo dia 21, anunciará o que decidiu sobre o recurso apresentado pelos advogados para evitar a extradição para os EUA, onde poderá ser condenado a 175 anos de prisão. Enquanto aguarda, Assange está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh.
De resto, não é a primeira vez que Molodkin aborda questões controversas de modo espetacular. Por exemplo, a questão da Irlanda do Norte e do separatismo entre as comunidades católica e protestante, foi tema de uma exposição em Derry intitulada “Sangue Católico”. A obra principal da exposição foi executada propositadamente com sangue humano, sangue de 36 católicos voluntários irlandeses. Aconteceu em 2013, foi um escândalo. A peça representava a rosácea do Palácio de Westminster, era feita com tubos transparentes por onde circulava o sangue bombeado por um compressor.

Bem visto. Publicidade pode ser; entretanto, porém, chama a atenção para mais um caso em que – aparentemente – a liberdade de informação foi coarctada.
È a justiça do “policias do mundo”
Juizes em causa própria
Independentemente da forma é importantíssimo falar do caso Assange e não o deixar extraditar ou/e morrer na prisão.
Liberdade para Assange!