CADEIA MAIS PORCA, NÃO HÁ

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A situação é insustentável e injusta. Na cadeia do Linhó, em Cascais, os guardas prisionais estão em greve há 80 dias. Em greve, os guardas trabalham menos, muito menos, mas recebem o mesmo salário ao fim do mês. Já os reclusos são obrigados a viver numa situação absolutamente desumana: não mudam a roupa da cama nem têm roupa lavada porque a lavandaria está fechada e as famílias estão impedidas de trocar a roupa suja por roupa lavada.

Oitenta dias e ninguém faz nada para travar esta greve. Nem satisfazem as reclamações dos guardas nem acautelam os mais elementares direitos dos reclusos que acabam por ser os únicos prejudicados pelos efeitos da greve.

Num comunicado divulgado ontem, a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso (APAR) anuncia que se a situação se mantiver inalterada, “no dia 28 de fevereiro, pelas 9 horas, um grupo de advogados, com o apoio da APAR, irá concentrar-se junto ao Estabelecimento Prisional do Linhó”, numa demonstração de repúdio pelo que está a acontecer no interior daquela prisão.

A greve dos guardas prisionais do Linhó começou em 9 de dezembro do ano passado. Desde que a greve teve início, já aconteceu tudo dentro deste Estabelecimento Prisional, desde não haver água nas torneiras ou, havendo água os duches serem gelados ou, quando os reclusos protestam contra tudo isto, a greve ser interrompida para lhes dar porrada.

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