
Ninguém tem dúvidas de que Netanyahu prepara o regresso da violência contra os palestinianos. Serão todos atingidos, tanto na Faixa de Gaza como na Cisjordânia. Aliás, a trégua de Gaza desencadeou ataques sucessivos contra cidades, vilas e aldeias palestinianas nos territórios ocupados por Israel, sem nenhuma razão a não ser castigar a alegria com que os palestinianos recebem os companheiros que saem das cadeias israelitas a troco dos reféns que o Hamas ainda detém.
Quando não houver mais reféns para trocar, as bombas voltarão a massacrar crianças, mulheres e velhos palestinianos que sobreviveram aos primeiros 15 meses de bombardeamentos aéreos e tiros de snipers israelitas. Serão utilizados os argumentos mais estapafúrdios para justificar a morte de crianças e mulheres, civis. Nas redes sociais sionistas esses argumentos já estão a ser ensaiados.


Netanyahu não esconde a vontade que tem de ordenar novos ataques. “Vamos trazer de volta todos os nossos reféns, destruir os assassinos, eliminar o Hamas e, juntos, com a ajuda de Deus, garantir o nosso futuro”, disse Netanyahu numa mensagem, citado em alguns média. Nas últimas semanas, o primeiro-ministro israelita tem estado várias vezes em Washington onde tem sido acarinhado: “voltei dos EUA com uma nova visão sem o Hamas e sem a Autoridade Palestiniana que incentiva os terroristas”, confessou.

O apoio incondicional do novo Presidente dos EUA é decisivo para o sentimento de impunidade que anima os dirigentes sionistas. Em troca, os dirigentes israelitas dizem adorar a ideia de Trump se apoderar da Faixa de Gaza.
O Hamas sabe bem quem defronta neste duelo. Todas as concessões têm uma motivação escondida, um cálculo de deve e haver político, uma prévia contagem de espingardas. Se não forem idiotas, percebem que são o lado mais fraco do confronto.O que vai o Hamas ser capaz de fazer é a grande incógnita.