A África do Sul fechou a fronteira com Moçambique em Lebombo. Num comunicado, a polícia de fronteiras sul-africana informa que sete polícias moçambicanos pediram proteção ao lado sul-africano, na sequência dos tumultos que se verificaram ontem.
Os manifestantes atacaram o posto fronteiriço, queimaram edifícios e veículos, saquearam instalações e agrediram agentes policiais.
O encerramento da fronteira foi decidido para “garantir a segurança de todos os transportadores transfronteiriços, viajantes, comerciantes e funcionários fronteiriços”, diz o comunicado assinado pelo Comissário Michael Masiapato.
A fronteira será reaberta “assim que for seguro”, diz ainda o comunicado, onde se aconselha a utilização de “rotas alternativas para Moçambique, até que a situação estabilize”.
Esta manhã, no lado moçambicano, a situação estava mais calma, embora sejam evidentes as consequências dos tumultos.
Com manifestações de protesto contra alegadas fraudes eleitorais a decorrer em todo o país, é grande a expectativa sobre o que vai acontecer. As primeiras imagens das manifestações de hoje chegaram da cidade da Beira, no centro do país, e não há notícias de conflito com a polícia.
O Centro para a Democracia e Direitos Humanos publicou, entretanto, relatos de violência policial e fala de 24 vítimas baleadas pela polícia.
O candidato presidencial que reclama a vitória, Venâncio Mondlane, justifica assim a revolta popular.