Situação muito crítica em Moçambique. O maior caudal de informação vem da capital, Maputo. Mas nas redes sociais é dito que a revolta está espalhada por todo o país.
Há apelos empolgados que acompanham imagens de revolta. Dizem os moçambicanos que apoiam a revolta que se trata de uma “revolução jamais vista, uma verdadeira revolta popular, onde surgiram novos actores, novos jovens, que antes estavam amedrontados pelo regime e hoje são valentes, destemidos, que estão nas ruas espalhadas pelo País em reivindicação e a demonstrarem o que é não aceitar humilhações da barbárie governativa, a lutarem por uma verdaira e genuína democracia e respeito pelos direitos individuais e coletivos, para uma reposição da verdade eleitoral.”
Tudo isto porque os resultados anunciados pela CNE deram a vitória ao candidato da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975), Daniel Chapo, com 70,67% dos votos, e um reforço da representação parlamentar do partido, resultados rejeitados pela oposição. A RENAMO pede a anulação do ato eleitoral, o MDM também rejeita os resultados, há cerca de 40 partidos sem assento parlamentar que também não acreditam na contagem oficial dos votos.
Nas ruas dizem que o governo chamou tropas estrangeiras para ajudar a reprimir os protestos na capital. O Ministro da Defesa desmente a presença de soldados ruandeses ou angolanos, mas há informações a circular que garantem estar mil militares estrangeiros no quartel de Malhazine. O próximo vídeo tem imagens da noite de 4 para 5 de novembro.
Para daqui a umas horas, há uma manifestação que está a ser convocada nas redes sociais. Os organizadores falam em manifestação pacífica, querem toda a gente vestida de branco. Mas ninguém duvida que a repressão será exercida contra os manifestantes.