AS QUEIXINHAS DE MOEDAS

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No final da semana, Carlos Moedas deu uma entrevista à TVI. Chamaram-me à atenção para tal, uma vez que estou sempre a protestar pelos parques infantis para crianças mais pequenas que NÃO existem na zona de Sete Rios e Praça de Espanha, como já referi aqui em texto anterior.

Pois o presidente da Câmara Municipal de Lisboa falou sobre a pala e os jardins do Parque Tejo, onde ocorreram as Jornadas Mundiais da Juventude, queixando-se que as pessoas residentes em Lisboa não aproveitam o espaço verde que ali criou. Não sei se Carlos Moedas já experimentou fazer ali um piquenique, à torreira do sol, sem árvores que dêem um pouco de sombra, sem repuxos… Ou se, quando tiver netos, os vai passear ali, para constatar a falta de condições. É que nem todos se podem abrigar na pala, seja de Verão, seja de Inverno.

O mesmo se passa no espaço que Moedas inaugurou recentemente na Praça Humberto Delgado, em frente ao Jardim Zoológico, em Sete Rios. O projecto inicial teve tantas, mas tantas alterações que, gastados oito milhões de euros, ficou um pequeníssimo parque infantil, num igualmente pequeno espaço verde, só com cordas – nem um baloiço, nem um escorrega – e uma longa zona com uns repuxos, tudo em pedra, incluindo os bancos, sem uma árvore ou uma sombra.

8 milhões de euros depois, nem um baloiço, nem um escorrega no parque infantil de Sete Rios, em Lisboa

Depois daquela zona, tem meia dúzia de árvores e um outro espaço mais comprido, igualmente em pedra, tudo ao sol ou sujeito às intempéries.

Já aqui escrevi sobre a Praça de Espanha. Inicialmente, tudo muito bonito e florido. Agora, tudo seco, uma miséria… Do mesmo modo, também tem um parque de cordas para jovens pré-adolescentes. Ninguém no seu perfeito juízo põe crianças naquelas cordas nem naquele escorrega de metal que, no Verão, é insuportável. No parque, nas traseiras da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, mais cordas, um equipamento para velhos e para cães. Num país que pretende ter crianças, há parques para velhos e cães e não há para crianças?

Carlos Moedas queixou-se de quem vive em Lisboa e não reconhece o trabalho do presidente da Câmara. Moedas faz-me lembrar a anedota do filho do padeiro que, ao cumprir o serviço militar, foi jurar bandeira. Claro que o pai foi à cerimónia e, no regresso à sua terra, quando lhe perguntaram como tinha sido, o padeiro respondeu que tinha sido muito bonito. Só o filho tinha marchado bem, todos os outros estavam a marchar ao contrário…

2 COMENTÁRIOS

  1. De 1 palhaço vendido mentiroso e impreparado, não é de esperar outra coisa !
    SPOILER ALERT :
    O ventríloquo-anão anão não vai ficar por aqui. Até final do mandato , + cagad@s fará , este grd artista das tretas e mamarrachos !
    Convém é , no caso deste imbecil se recandidatar, lembrar os lisboetas dos destroços q este saguí de gabinete deixa pa trás !!

  2. Os lisboetas estão de parabéns. Primeiro elegem um sociopata ridículo e depois um ridiculo convencido.
    No que me diz respeito, prefiro o segundo. Apesar dos pesares, os sociopatas sao perigosos. Sao maus. Medina tinha declarado guerra aos municipes de Benfica. Porquê? Porque resistiam à EMEL e isso ele nao aceitava de forma nenhuma. Jurou que iria tudo fazer para que fossem obrigados a implorar, sim, implorar que ele levasse a emel ate Benfica. Ele sabia utilizar as palavras que considerava adequadas. No tempo sa graça dessa aventesma, Benfica era “visitada” todos os dias por reboques vermelhos nao identificados, aos magotes, convenientemente acompanhados pelos novinhos em folha (nessa altura) Skodas da policia municipal. Assustador, revoltante e humilhante. Sim, ele aabia humilhar. Ele julgava-se ungido pelo são qualquer coisa que o fazia nao ter vergonha de posar sorridente ao lado da Guidinha de Arroios, mm depois do video dela a fazer a colecta dos víveres no mercado de Arroios. Sim, fez obra. Teve a sorte de ter herdado do A. Costa, um grande arquitecto -grande como arquitecto, pq o resto parece nao ser de grandeza- o primo do famigerado Ricardo, neste caso o Manuel Salgado. Mas enquanto na cidade de primeira se faziam coisas interessantes, na cidade de segunda, bomeadamente Benfica, os delirios tinham livre transito. Mesmo ao pe de minha casa, “enfeitaram” uma rotunda com uma meia bola de futebol em alvenaria, forrada a calcada!
    E porque e que eu prefiro o Charles Coins? Nao gosto nem um bocadinho dele, mas este nao me mete em estado de sitio a minha rua.
    Mas voltando ao que nos traz aqui, os jardins sem arvores, se calhar nem todos esses espaços foram pensados para serm jardins.
    Falando apenas daquele que conheço, o adjacente à entrada do Jardim Zoologico, eu gosto. Gosto por varias razoes. Primeiro, penso mm que a intencão seria criar o contraste com o arvoredo exuberante do Zoo. Tb penso que havia a intençao de destacar as antigas entradas do metro que sao uma obra de relevancia arquitectonica. A inteuducao do elemento água é indiscutivelmente interessante sob o ponto de vista plástico e paisagistico e tb funcional. Talvez por coincidencia, qd lá passei, num dia particularm/ escaldante, havia várias crianças a divertirwm-se e a refrescar nos jactos de água. Talvez as sombras do Zoo nao fossem suficientemente refrescantes. Tambem os cheios e os vazios funcionam mto bem na composicao arquitectonica.
    Concluindo, estou de acordo em que o Coins podia ter ficado pelo porta moedas do Alentejo ou ate mm de Bruxelas, mas se ele teve a ver em alguma coisa com arranjo urbanistico fronteiro ao Zoo, está perdoado.

    PS: lamento a eventual confusao que possa ter resultado da quase ausencia de acentuacao.

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