Houve um tempo em que o CDS foi o partido do táxi. A alcunha deveu-se à circunstância de ter apenas 4 deputados no parlamento, na década de 80 do século passado. Gozar com os pequenos e fracos sempre foi uma característica dos que acham que a vida não dá muitas voltas.
Mas agora, francamente, seria de novo a alcunha certa para o CDS. Não pelo número de deputados eleitos (embora sejam apenas cinco…), mas pelo número de militantes. Estamos a assistir a uma debandada do CDS. Adolfo Mesquita Nunes saiu. Pires de Lima saiu. Manuel Castelo-Branco, Inês Teotónio Pereira e João Maria Condeixa também. Michael Seufert também bate com a porta, assim como Vânia Dias da Silva, Inês Teotónio Pereira e Manuel Castelo-Branco. O deputado João Almeida fica no partido (por enquanto) mas diz que deixa o Parlamento (uma rábula engraçada, agora que estamos à beira de eleições antecipadas e ele sabe que não seria incluído nas listas de candidatos do CDS). Estes são os nomes mais sonantes que fizeram saber que vão embora, mas é expectável que atrás destes sigam outros menos sonantes. Os caddys do golfe.
Chicão está cada vez mais só e abandonado. Deve estar a sentir-se uma espécie de patinho feio. Mas a questão que se impõe é saber para onde irão estes militantes procurar um partido que lhes dê uma vida melhor. Irão eles migrar para a extrema-direita? A tentação deve ser forte.
Cartoon de Hélder Dias, ilustrativo do “momento CDS”…
