Depois de ter metido demasiada água na execução do plano de vacinação, o coordenador do grupo de trabalho que está a executar esse plano, Francisco Ramos, demitiu-se e foi substituído por um homem habituado à água, o Almirante Gouveia e Melo.
Não é que o plano de vacinação já não tivesse uma forte componente militar. Tem. Foi até o ministro da defesa quem anunciou, em novembro do ano passado, que as FFAA iriam participar no planeamento e na logística do plano de vacinação. Deveriam ter antecipado todos os cenários possíveis da proverbial capacidade tuga para a aldrabice, mas não o fizeram. Acharam que era mais provável alguém querer assaltar uma carrinha de transporte de vacinas do que alguém passar à frente na fila dos enfermeiros, médicos e velhinhos. E não se julgue que são tipos mal-encarados, não. Há de tudo, independentemente do género, desde autarcas, gestores de hospitais, administradores de lares e IPSS e respetivos familiares, até padres.
Um escândalo que tem feito “correr muita tinta” nos velhos e novos media e que inspirou o cartoon de Hélder Dias.