O algoritmo do Facebook vai passar a “esconder” as páginas dedicadas a temas sociais e à política. Quem o disse foi o próprio patrão, Mark Zuckerberg, num longo post publicado há dias.
“… we stopped recommending civic and political groups in the US ahead of the elections. We’re continuing to fine tune how this works, but now we plan to keep civic and political groups out of recommendations for the long term, and we plan to expand that policy globally” (deixámos de anunciar grupos de política e temas cívicos antes das eleições americanas. Vamos continuar a monitorizar esta iniciativa, mas a intenção é manter esses grupos sem visibilidade durante muito tempo e iremos expandir globalmente esta ação).
Acusado de favorecer a expansão do populismo e da extrema-direita em muitos países, o Facebook parece querer manter-se longe dessas chatices. Ou seja, esta rede social parece querer regressar às origens, quando servia para juntar famílias ou grupos de vizinhos, troca de fotografias, vídeos de bebés a fazer beicinho e tipos mais crescidos a fazer palhaçadas. É uma opção. Mas reduz o leque de frequentadores interessados em se manter nesta rede social, abre uma fatia importante de mercado para outras redes sociais.
Sobre o Instagram, rede social do grupo Facebook, nada se disse. Talvez a ideia de Zuckerberg seja, então, limpar o Facebook da guerrilha política e deixar que essas batalhas se concentram no Instagram. Sem problemas com a temática política continuam o Twitter, Youtube e outras redes, uma das quais nasceu agora e que se chama Clubhouse, um rede social que só suporta conversas sonoras, sem imagem nem escrita, que já está em grande expansão por todo o Mundo, apesar de só se poder entrar por convite.