Os bancos vivem à conta dos portugueses, graças ao dinheiro que pagamos pelas casas. 48% das transacções imobiliárias são financiadas pelos Bancos. Obrigam-nos à domiciliação dos ordenados, contas da água, cartões de crédito, entre outras coisas. É um maná, ainda maior com o financiamento bancário aos construtores.
E depois os Bancos vão à quase falência e acabam refinanciados pelos portugueses. Esta vergonha é confirmada pelo Banco de Portugal no seu Relatório de Estabilidade Financeira de há 6 dias, onde destaca a importância da aquisição de casa própria para o sector imobiliário: “Os preços do imobiliário residencial mostraram resiliência, mas persistem riscos de uma correcção em baixa”.
Os banqueiros portugueses só sabem fazer dinheiro com as poupanças do Povo. Mas depois dão sumiço à massa. E fazem-nos parvos. Uns morrem com pena de prisão por cumprir (Oliveira e Costa do BPN, condenado a 17 anos de cadeia), outros passeiam alegremente (Arlindo Cunha), outros pagam 500 mil para continuarem a sua vidinha (João Rendeiro do BPP) outros passeiam-se majestosos nos labirintos da Justiça (Ricardo Salgado, do BES) outros morreram antecipadamente (como Horácio Roque, do Banif). São alguns exemplo escandalosos da inépcia desta justiça.
Na Islândia os banqueiros burlões foram logo parar à cadeia. Mas em Portugal os advogados, juízes e deputados deixam que os portugueses vomitem o sistema democrático. Que tenham náuseas do Estado Democrático de Direito, a grande conquista da Europa Ocidental do pós-Segunda Guerra Mundial.
Os portugueses andam a pagar casas a 3 mil euro/m2, que custam 700 euros/m2 e são esses os milhões escondidos em off-shores, em propriedades no estrangeiro. Somos mansos. E mais vale fechar o SIS, que tudo sabe.
O enriquecimento ilícito não é crime. Foi excluído pela Ministra da Justiça da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção porque a questão foi já duas vezes chumbada pelo Tribunal Constitucional. Bonito!
Excelente artigo! Mas é lamentavél, todos sabemos da “imundísse” que nos rodeia, que nos suga até ao tutano, mas na hora de certa caímos no laço destes energúmenos como “patinhos” . Mas parabéns pela coragem, clareza e frontalidade com que aborda estas matéria. 1 forte abraço M. Ildefonso