Autarquias, empresas ou bancos regionais já emitiram dinheiro, em Portugal. As notas emitidas por essas organizações provam que o dinheiro não serve para nada, se a economia não funcionar. As notas estão no Museu do Dinheiro, na antiga igreja de S. Julião, na Baixa lisboeta. Têm mais de 100 anos.
Essa papelada mostra a inutilidade da “bazuca” de dinheiro prometida a Portugal e a toda a Europa. Recorde-se o dia em que o italiano Draghi ordenou: “passem as reservas do BCE para 3 mil milhões de euros”. E o rapaz do computador pôs um 3 no lugar do 1!
As autarquias e bancos “fabricaram” papel-moeda quando a Casa da Moeda tinha falta de papel. Esta “bazuca” de 15 milhões agora anunciada vai alimentar apenas meia dúzia. Como aconteceu com os fundos sociais europeus que nos deram 9 milhões por dia, durante anos.
O dinheiro desapareceu e serviu também para matar a frota pesqueira, a Sorefame das carruagens de comboio, a Lisnave dos grandes navios, a Covina do bom vidro. E ficamos por aqui. A lista é interminável.
Agora será igual. Porque os grandes não querem uma política comum para todos os sectores. Como existe a Política Agrícola Comum (PAC). De nada serve a bazucada de papel e números. A não ser para certos senhores comprarem BMWs topo de gama, iates e construírem prédios para fechar. Ou fingir que são banqueiros (como as crianças quando jogam Monopólio…). Triste sorte, a nossa.