O dia começou à meia-noite com o povo a cantar “Grândola”, no Largo do Carmo…
… e continuou com a PSP a deter o saloio nazi Mário Machado e o ex-juiz Rui da Fonseca e Castro enquanto na Assembleia da República os partidos faziam mais uma ação de campanha a pretexto do dia da Revolução dos Cravos. O dia terminou com o desfile pela avenida da Liberdade, uma tradição salutar.
No Largo de São Domingos, grupos e partidos da extrema-direita tentaram realizar a provocação que tinham planeado contra os imigrantes muçulmanos. A “festa” prometeu porco no espeto, mas não se viu nenhum no espeto. A PSP levou alguns para serem devidamente identificados pelo delito de desobediência à autoridade. Nada demais.
No momento da detenção de Mário Machado, os antifascistas que assistiram comemoraram com o slogan “25 de abril sempre, fascismo nunca mais!”. Machado, condenado a uma pena de prisão, tem andado a retardar pelas vias legais possíveis o momento de começar a cumprir a sentença. Pode ser que esta detenção, agora, venha abreviar a espera pelo feliz momento de regressar a uma casa que bem conhece: a cadeia.


O antigo juiz Rui, agora líder do Ergue-te, foi levado algemado pelos agentes da PSP que tinham a missão de limpar o largo de São Domingos. “Só sairei daqui algemado”, ouviram Rui dizer e foi então que os polícias lhe fizeram a vontade.
Sem atritos, milhares desceram a Avenida da Liberdade com os cânticos tradicionais sobre o 25 de abril e, agora, com os apelos à paz na Palestina.


Na avenida, estiveram pessoas e partidos que usaram cravos na lapela sem subterfúgios.