O apelo do nazi Machado na rede X não é mais do que espetáculo mediático. Machado sabe bem que o dono do X não tem nenhuma capacidade de pressionar o sistema judicial português e sabe melhor ainda que o próprio Musk tem mais com que se entreter do que com os problemas de um nazi saloio.
Machado e outros correlegionários tiram o proveito possível do pantanal das redes sociais, gostam do chiqueiro e regalam-se com os likes e os comentários dos mesmos de sempre. Na cadeia, quando tiver de cumprir com o tempo de prisão estipulado e reconfirmado pelos tribunais, Machado vai fazer uma cura de redes sociais. Não há internet lá para onde ele vai.
Na verdade, Machado não quer voltar para a prisão. Apesar das bravatas com que entretém a malta nas redes sociais, o condenado está a fazer tudo para não cumprir a pena. O anunciado recurso para o Tribunal Constitucional destina-se a ganhar tempo em liberdade e a prolongar o prazo em que pode continuar a publicitar-se como “preso político”.
O prazo para apresentar esse recurso termina agora em 6 de janeiro. Não há notícia de que o recurso já tenha sido apresentado, mas a tática é a de dilatar prazos, pelo que quanto mais tarde entrar, mais tarde começam a contar os novos prazos consequentes. Ou seja, até ao último minuto do dia 6 o recurso pode dar entrada no Constitucional e só então começará a contar a suspensão do cumprimento da pena.
O caso remonta a 17 de Fevereiro de 2022, quando, numa troca de ideias, Mário Machado defendeu a “prostituição forçada das gajas do Bloco”, na rede X. Ricardo Pais, igualmente condenado, mas a pena suspensa de um ano e oito meses, respondeu: “Concordo. Incluam as do PCP, MRPP, MAS e PS”. Machado acrescentou “Tudo, tipo arrastão” o que deve ter entusiasmado o interlocutor que disse: “A Renata Cambra terá tratamento VIP” e “Servirão para motivar as tropas”.
No cadastro de Mário Machado existem já condenações por roubo, sequestro, ameaça, coacção e posse ilegal de arma. Envolvido nos acontecimentos que provocaram a morte de Alcindo Monteiro em 10 de junho de 1995, Machado safou-se de ser condenado por homicídio porque o tribunal não conseguiu determinar quem matou a vítima, num grupo de 17 arguidos de que Machado fez parte.
