Os EUA e a NATO não confirmam que a Coreia do Norte tenha enviado tropas para apoiar a Rússia na guerra com a Ucrânia. LLoyd Austin (secretário da Defesa dos EUA) avisou, no entanto, que se isso for verdade seria uma circunstância preocupante.
A agência de espionagem da Coreia do Sul disse na sexta-feira que a Coreia do Norte enviou 1.500 soldados das forças especiais para o Extremo Oriente da Rússia para treinamento e aclimatação em bases militares locais e provavelmente serem destacados para combate na Ucrânia.
Volodymyr Zelenskiy não hesitou um segundo em acusar a Coreia do Norte de apoiar a Rússia e de se preparar para enviar 10.000 soldados para ajudar o esforço de guerra de Moscovo.

O chefe da NATO, Mark Rutte, disse também que não havia evidências da presença de militares norte-coreanos a combater na Ucrânia. A Rússia e a Coreia do Norte negam haver soldados norte-coreanos nos campos de batalha.
A guerra na Ucrânia está numa fase em que as declarações dos dirigentes políticos ou militares estão a ter maior cobertura mediática que os avanços e recuos das tropas em combate. Os noticiários esqueceram que essa guerra continua, desde que surgiram maiores horrores na Palestina.
A questão da Coreia do Norte é mais um argumento para justificar o envio de mais mísseis ou blindados para a Ucrânia. Zelensky clama por mais apoios e adesão à NATO. A Ucrânia recebe armamento de muitos membros da NATO, há milhares de instrutores de membros da NATO a formar combatentes ucranianos e muitos soldados estrangeiros em território ucraniano que combatem sob o estatuto de voluntários ou de mercenários, muitos deles provenientes de unidades de tropas de elite dos EUA, Reino Unido, França, Alemanha ou Polónia, entre outros. Não é possível que tantos “rambos” tenham medo de uns norte-coreanos magrinhos e famélicos.