KAMALA PATROCINADA

POLÍTICOS PATROCINADOS

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O entusiasmo provocado pela candidatura de Kamala Harris à Presidência dos EUA justifica-se pela esperança que representa em haver alguém que seja capaz de vencer o ogre Trump, congregando os votos dos mais jovens, das minorias étnicas, das mulheres e dos gajos que acham que Kamala é uma miúda gira, mesmo se ela já vai celebrar o 60º aniversário daqui a três meses.

Qualquer coisa seria melhor que um Biden decrépito, falho de memória e com sinais evidentes de fragilidade física, problemas próprios de quem chega a velho. Mas, naquilo que interessa mesmo, Kamala não vai mudar nada, assim como, por exemplo, Obama também não mudou durante 10 anos de Presidência.

As guerras imperialistas vão continuar, a próxima já foi anunciada. O Irão que se prepare, as bombas vão cair por lá. Os EUA há muito que desejam mudar o regime iraniano, não por causa das violações dos direitos humanos, mas porque é um território rico que eles não dominam.

Em Gaza, também não há grandes esperanças que Kamala venha a decretar o fim do fornecimento de armas a Israel ou sequer cumprir as decisões de tribunais internacionais que designam como genocídio o que Israel está a fazer com os palestinianos. Biden manteve quase sempre um posicionamento de apoio e deferência enquanto Israel bombardeava Gaza. Kamala não deverá fazer diferente.

Os EUA têm uma lei, a Lei de Assistência Estrangeira, que proíbe a concessão de assistência a países que violam os direitos humanos, mas há muito que se percebeu que é uma lei para usar convenientemente.

Tudo leva a crer que os imensos apoios que Kamala recebeu no segundo em que foi anunciada como a candidata, 81 milhões de dólares nas primeiras 24 horas (apesar de não ter sido nomeada pelo partido), estão relacionados também com os interesses implicados na guerra contra a Rússia. A corrida eleitoral é paga por esses patronos. No caso de Kamala, um dos grandes patronos é o conhecido financeiro global George Soros. O apoio a Kamala foi transmitido pelo filho de Soros e imediatamente criticado por Elon Musk que, por sua vez, apoia Trump.

As candidaturas à Presidência medem-se pelo dinheiro que têm para o marketing e propaganda política, não pelas ideias que defendem. Os candidatos vendem-se pelo melhor patrocínio. Os patrocinadores de Kamala quererão continuar a desgastar o regime de Putin. É do interesse americano provocar a derrocada da Federação da Rússia, de modo a dividir para reinar. Estamos a falar de um território com 17 075 400 quilómetros quadrados. É o maior país do planeta, cobrindo mais de um nono da superfície terrestre. É também o nono país mais populoso, com 146 milhões de habitantes. Possui 10% das terras aráveis do mundo. Tem os maiores recursos hídricos do mundo, os lagos russos guardam cerca de um quarto da água doce líquida do mundo e, o mais importante, a Rússia tem enormes recursos naturais, particularmente petróleo e gás natural.

Não será preciso fazer um desenho para se perceber o interesse dos EUA.

E os chineses a ver tudo

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