Preto no branco, foi a primeira vez que um Presidente dos Estados Unidos da América disse que iria para a guerra se a China invadisse Taiwan.
A declaração foi proferida durante uma entrevista no programa “60 Minutes” do canal CBS, no passado domingo. É possível comprovar o que foi dito, neste link para a CBS, cerca dos 10 minutos 50 segundos da entrevista.
Como a guerra contra a Rússia lhe está a correr bem, Biden já se vê como líder de um exército invencível. Se estudar História, acabará por verificar que todos os invencíveis encontraram alguém mais rápido a disparar que os matou.
Biden afirmou mesmo que está disposto a enviar tropas para essa guerra contra a China, ao contrário do que faz na Ucrânia, para onde apenas envia armamento e mercenários. O papel da NATO numa guerra em Taiwan ainda não foi questionado, mas estamos curiosos para saber o que responderão os Estados membros dessa aliança militar.
Aparentemente, os americanos estão prontos a abandonar a política de ambiguidade estratégica que têm implementado na questão de Taiwan. Até aqui têm apoiado o Governo da ilha, mas não abriram ainda uma embaixada americana em Taiwan. Quando procuramos na net pela embaixada dos EUA em Taipé, encontramos o “Representative Office of the United States, nº7, Lane 134, Hsin Yi Road, Section 3, Taipei 106, Taiwan.” Ou seja, um balcão de negócios.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse que os comentários de Biden enviaram um “sinal errado” às forças separatistas de Taiwan.
O Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu colocar Taiwan sob o controlo de Pequim e não descartou o uso da força. Numa conversa telefónica com Biden, em julho, Xi avisou que “aqueles que brincam com o fogo vão perecer por ele”.