Lançado há dias, o Xiaomi SU7 é mais um automóvel elétrico chinês de grande qualidade e preço competitivo. Para já, o carro estará apenas à venda na China, mas é certo que a marca vai internacionalizar o veículo. A data de chegada à Europa é imprevisível, tanto mais que a UE se prepara para colocar barreiras alfandegárias aos EV made in China, com o propósito de proteger a indústria automóvel francesa e alemã.
O Xiaomi SU7 tem 3 variantes, Standard, Pro e Max. Variam o equipamento, a autonomia e potência do carro e o preço. Mas, a versão Standard, chega ao preço de 29.900 dólares norte-americanos (cerca de 27.850 €) e a mais cara custa 41.500 USD (cerca de 38.650 €). Com os impostos que a Comissão Europeia vai aplicar, o preço a pagar pelo cliente será mais alto.
A venda em loja começa este mês de abril, embora a empresa já esteja a aceitar encomendas online há uns meses. O carro tem um design desportivo (o que é comum a muitos EV). Com 5 metros de comprimento, é um carro espaçoso para passageiros e respetiva bagagem. Como não tem motor de combustão, há uma segunda bagageira na parte da frente do carro.
Quanto a tecnologia, é uma árvore de natal, com os três tablets e todos os gadgets possíveis e úteis para se ter num carro. O tejadilho panorâmico é um dos atrativos, para além da função óbvia, serve para armazenar energia de modo a manter o interior do habitáculo a uma temperatura agradável e que dispense o recurso permanente ao A/C. Por exemplo, mesmo estacionado ao sol, o interior do habitáculo nunca vai aquecer demasiado.
Mesmo na versão Standard, o fabricante anuncia uma autonomia de 700 km, antes de recarregar baterias. Dos 0 aos 100 km/hora em 5.28 segundos, 210 km/hora de velocidade de ponta, são os cartões de visita do modelo versão Standard. Ou seja, as versões superiores devem ser ainda mais surpreendentes.
Claro que um veículo desta qualidade e nível de equipamentos, aos preços a que sai da fábrica, é um artigo difícil de combater pela indústria europeia. A UE diz que na China o Estado subvenciona os fabricantes de automóveis, o que provoca concorrência desleal e distorce os mercados internacionais. Mas a Comissão Europeia, com a implementação de barreiras alfandegárias, não regulariza o mercado, apenas protege as indústrias alemã e francesa e inflaciona o preço a pagar pelo consumidor final. Uma tática que provocou já bastantes contestações, tanto da China como dos próprios fabricantes europeus.