Foi divulgado hoje que o suspeito de planear um ataque terrorista na Faculdade de Ciências de Lisboa tem Síndrome de Asperger. Informação que deve ter sido facultada pela família, uma vez que não houve ainda tempo para o suspeito ter sido avaliado por psicólogos ou psiquiatras ao serviço do Ministério da Justiça.
Sendo “Asperger” é muito provável que não deva ser sujeito aos procedimentos típicos de um suspeito de crime. Provavelmente, não deveria ter sido colocado num estabelecimento prisional, embora tenha sido noticiado que se encontrava em Caxias, o hospital-prisão.
A Síndrome de Asperger afeta a forma como as pessoas percebem o mundo e interagem com outras pessoas. Em termos simplistas, estamos a falar de uma das variantes do autismo.
Trata-se de uma condição em que determinada pessoa vive, não é propriamente uma doença. Ou se for doença, é uma doença sem cura. Nasce-se “Asperger” e morre-se com essa condição.
Muitas pessoas com Síndrome de Asperger possuem inteligência média ou acima da média. Não é isso que os distingue dos demais.
Entretanto, a polícia começou a deixar passar elementos constantes do processo. É o costume. Ficámos a saber, então, que na chamada dark web o João Real usava o nickname Psychotic Nerd (Maluquinho Psicótico, em tradução livre). E ficamos a saber que, afinal, no tal plano escrito não há grandes detalhes sobre o ataque, apenas que a coisa devia durar 5 minutos.