Beatrix Cenci – pelo Teatro Experimental de Cascais

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Estreia, no próximo sábado, 13, às 21 horas, a peça Beatrix Cenci, com autoria,
encenação e dramaturgia de Graça P. Corrêa.
Será mais um espectáculo que tem por tema o drama real vivido por esta jovem
romana, que assassinou o pai perverso, o conde Francesco Cenci.

Tudo se passou nos finais do século XVI. Julgada pelo parricídio cometido, embora o tenha feito por uma justa causa, Beatriz foi condenada e decapitada a 11 de Setembro de 1599, tornando-se o símbolo da resistência contra a tirania duma aristocracia sem peias nem vergonha.

Diz a lenda que, anualmente, na noite que antecede o aniversário da sua morte,
Beatrice Cenci regressa à ponte de Sant’Ângelo, em Roma, onde foi executada,
trazendo nas mãos a cabeça decepada.

Creio ser a primeira vez que este drama – cuja memória se tem mantido séculos
afora – é vertido para língua portuguesa de Portugal, pois apenas consta que o
teatrólogo brasileiro Antônio Gonçalves Dias o terá consignado em verso em meados do
século XIX.

O empreendimento agora apresentado foi levado a cabo por Graça P. Corrêa,
doutora em Estudos Artísticos pelo Graduate Center da City University of New York
(Graça Corrêa é formada em Theatre & Film Studies), de larga experiência nestes
domínios da arte de representar.

É, pois, com muita expectativa que se aguarda a subida ao palco desta versão de
um drama de séculos, não apenas por esse motivo singular, mas também porque o tema
tratado – que envolve a violência doméstica – se apresenta de candente actualidade.

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