E um dia a praça vem abaixo

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Fez-se a homenagem e a manifestação de repúdio. Tudo muito “democrático”, excepto para os touros que foram escolhidos para o sacrifício, mas esses sabem lá do que estamos a falar. Nasceram para morrer depois de devidamente torturados. Sempre fica a carne já picada mesmo antes de chegar ao talho. Só vantagens.

O toureiro e os seus pares exercitaram aquelas jeitinhos de mãos e trejeitos, vestiram-se a preceito com as collants mais apertadinhas que tinham no baú e tiraram os trajes de luces da naftalina. O confinamento quase deu cabo da “arte”, mas talvez sobre alguma bazucada para acabar com aquilo de vez. Nunca se sabe.

O que se passou lá dentro foi certamente lamentável, se a tradição taurina se repetiu. Fora da praça ensanguentada, muitas centenas de pessoas lamentaram logo ali o sucedido. É certo que eles gostariam de ter sabido de algum percalço, uma colhida mesmo ligeira, só umas nódoas negras ou um susto no coração, para compensar o sofrimento dos touros. Mas hoje não foi um dia feliz. Melhores dias virão.

imagem partilhada da página Facebook do PAN
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