O Forte do Alto do Duque

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É uma ideia que não lembra ao diabo, a ocupação do Forte do Alto do Duque, em Algés pela Esquadra de Investigação Criminal da PSP. As instalações não são apropriadas e ficam longe dos transportes colectivos. Um forte é um forte. E os convocados por isto ou por aquilo não deveriam de ter de percorrer centenas de metros ao ar livre, até se enfiarem em minúsculas casitas nas muralhas, a que chamam pomposamente gabinetes.

Falamos de instalações militares antigas desenhadas para um fim específico não adaptável: a defesa do Tejo. O forte deveria ser apenas um museu, porque de lá se comandou a Revolução de Abril, ou um espaço lúdico.

Para chegar à fala como os agentes da PSP, é necessário descer umas gigantescas e abruptas escadas improvisadas de ferro e caminhar pelo… fosso do forte. A ida à Esquadra de Investigação Criminal da PSP de Lisboa é um exercício de estúpida humilhação, quer se seja testemunha, arguido ou policia. Antes a Esquadra ficava a poucos metros da Estação Ferroviária de Alcântara e de várias carreiras de autocarros. Era um edifício sólido, arejado e enorme. Cheio de salas e corredores. Ao lado do Museu do Oriente de Carlos Monjardino, que ninguém sabe como assentou ali arraiais. O Museu até já tirou uma faixa de passeio e da estrada, dando a entender que esse trata de um jardim privado.

Ficaremos de boca aberta se o tal Museu vier também a comer o enorme edifício adjacente, que onde estava até a Esquadra de Investigação Criminal da PSP. Se a ideia pegar, um dia a Polícia Judiciária ouvirá testemunhas e arguidos nas caves do Estabelecimento Prisional de Lisboa, no alto do Parque Eduardo VII.

Não percebo como é que o actual Director da PSP, homem de valor, proveniente do Grupo de Operações Especiais, deixou que enfiassem os seus homens numa vala e os cidadãos de Lisboa numa estúpida situação.

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