Na declaração feita no ato da assinatura do decreto, Trump disse que “não vamos permitir a entrada de pessoas que desejam fazer-nos mal”.
O argumento presidencial é proteger o país de “terroristas estrangeiros” e outras ameaças à segurança. A lista completa dos países atingidos pela decisão: Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão e Iémen. A entrada de cidadãos de outros sete países – Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela – será “parcialmente restringida”.

O Presidente americano não explicou os critérios para a elaboração desta lista. Por exemplo, não se percebe a inclusão da Guiné Equatorial neste âmbito de “países que abrigam terroristas”, sendo que a inclusão deste membro da CPLP na lista dos paíes banidos significará que é considerado uma fonte de perigosos terroristas.

A União Africana expressou preocupação sobre o impacto negativo desta decisão, seja na colocação de estudantes em universidades americanas, no turismo, nas trocas comerciais e nas relações diplomáticas. Por exemplo, o presidente do Chade, Idriss Deby, instruiu seu governo a parar de emitir vistos para cidadãos dos EUA. O porta-voz do governo da República do Congo, Thierry Moungalla, disse que “o Congo não é um estado terrorista, nem abriga quaisquer terroristas, nem é conhecido por ter tendências terroristas”.
Durante o seu primeiro mandato, de 2017 a 2021, Trump anunciou uma proibição de viajantes de sete nações de maioria muçulmana, mas o ex-presidente Joe Biden revogou essa proibição.



