VAMOS PARA ELEIÇÕES

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A queda de governos e a marcação de eleições antecipadas são facetas absolutamente banais dos regimes democráticos. Eleições não significam crise, significam dar ao povo a possibilidade de se exprimir. Realizar eleições é dar oportunidade a um reequilíbrio político. Até lá, os que têm trabalho continuarão a ir diariamente para a labuta e os desempregados renovarão a esperança de que o próximo Governo seja capaz de resolver melhor os problemas do país. Ninguém entrará em crise existencial, a não ser, talvez, os atuais deputados que, agora, vêm o “tacho” em perigo.

Neste momento, a direita afeta ao Governo caído procura atirar para o PS o ónus da crise política. Para eles, a campanha eleitoral já começou e essa é a primeria linha de discurso do PSD, CDS e IL. Já a extrema-direita espera continuar a capitalizar o voto dos descontentes com o regime democrático.

Os apoiantes de Luís Montenegro tudo farão para fazer esquecer que a tal crise foi provocada por ele mesmo. As relações empresariais de um primeiro-ministro em exercício é uma oportunidade que nenhum adversário político despreza. Montenegro tropeçou nos seus próprios esquemas, não quis explicá-los cabalmente, ficámos até com a percepção de que ele preferia cair do cadeirão a dar explicações sobre o dinheiro que várias empresas privadas lhe pagaram antes e durante o tempo em que foi governante.

As ligações do grupo Solverde com Montenegro são antigas e profícuas para ambos os lados. A Solverde pagava uma avença de 4500 euros mensais à empresa de Montenegro e, por exemplo, o PSD liderado por Montenegro previligiava o hotel do grupo para alojamento das suas caravanas de campanhas eleitorais.

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