As autoridades da Índia deixaram de atualizar o número de vítimas, na tentativa evidente de minimizar os custos políticos. O primeiro-ministro Narendra Modi expressou as suas condolências aos “devotos que perderam seus entes queridos”, sem especificar o número de mortos. A oposição atribuíu responsabilidades à “má gestão de multidões” por parte dos governantes.
Tudo aconteceu ao amanhecer, quando milhões de peregrinos tencionavam mergulhar nas águas frias na confluência dos rios sagrados Ganga, Yamuna e do mítico Saraswati, um dos locais mais sagrados do hinduísmo e onde se realiza o festival Maha Kumbh Mela, a maior concentração religiosa do mundo que atrai 400 milhões de pessoas ou mais para um único local.


Os relatos falam de aflição, susto, comoção, de gente a empurrar e a trepar por cima uns dos outros, falta de ar, atropelos. Há pelo menos um caso de uma família com quatro pessoas mortas.




O festival começou há 15 dias e já foi participado por quase 200 milhões de crentes, segundo afirma a organização do evento. Os hindus devotos acreditam que entrar na água na confluência de três rios sagrados absolve as pessoas dos pecados e, durante o Kumbh, também traz a salvação do ciclo da vida e da morte.
Esta cerimónia realiza-se de 12 em 12 anos. No festival anterior, em 2013, uma multidão descontrolada matou pelo menos 36 peregrinos.

