DEZENAS ESPEZINHADOS POR MULTIDÃO DESCONTROLADA

Há 40 mortos confirmados. Mas podem ser mais, as vítimas espezinhadas por um multidão descontrolada, assustada por alguma coisa que não se sabe o que foi. Centenas de sobreviventes estão nos hospitais da região com fraturas e ferimentos provocados pelo sinistro.

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As autoridades da Índia deixaram de atualizar o número de vítimas, na tentativa evidente de minimizar os custos políticos. O primeiro-ministro Narendra Modi expressou as suas condolências aos “devotos que perderam seus entes queridos”, sem especificar o número de mortos. A oposição atribuíu responsabilidades à “má gestão de multidões” por parte dos governantes.

Tudo aconteceu ao amanhecer, quando milhões de peregrinos tencionavam mergulhar nas águas frias na confluência dos rios sagrados Ganga, Yamuna e do mítico Saraswati, um dos locais mais sagrados do hinduísmo e onde se realiza o festival Maha Kumbh Mela, a maior concentração religiosa do mundo que atrai 400 milhões de pessoas ou mais para um único local.

Os relatos falam de aflição, susto, comoção, de gente a empurrar e a trepar por cima uns dos outros, falta de ar, atropelos. Há pelo menos um caso de uma família com quatro pessoas mortas.

O festival começou há 15 dias e já foi participado por quase 200 milhões de crentes, segundo afirma a organização do evento.  Os hindus devotos acreditam que entrar na água na confluência de três rios sagrados absolve as pessoas dos pecados e, durante o Kumbh, também traz a salvação do ciclo da vida e da morte.

Esta cerimónia realiza-se de 12 em 12 anos. No festival anterior, em 2013, uma multidão descontrolada matou pelo menos 36 peregrinos.

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