ROMÃS SÃO HERANÇA DOS ROMANOS

Tudo leva a crer que foram os Romanos que introduziram a romãzeira (Punica granatum) nos campos do município olisiponense. Essa possibilidade é dada pelo fragmento de um estuque pintado com duas romãs, com a sua folhagem, que decorava uma das salas da pars urbana da villa romana de Caparide.

0
559

Originária do Próximo Oriente, sendo atribuída a sua origem ao território da antiga Pérsia, hoje Irão, o seu fruto, a romã, está ligada a várias tradições e lendas, sendo vista como símbolo de amor e fertilidade. Foi cultivada na antiguidade pelos fenícios, gregos e egípcios.

Das suas bagas pode fazer-se um vinho que, na Antiguidade, era usual os reis beberem. Há muitos anos, vi o primo Joaquim fazer artesanalmente um vinho rosado, com as romãs que colheu nas romãzeiras que tinha no seu quintal, em Vila Moreira, Alcanena.

Fragmento de estuque com a pintura de duas romãs. Villa romana de Caparide, Cascais.

A romãzeira era consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Filha de Zeus, Afrodite ou Vénus para os romanos, era responsável pelo amor físico e desejos lascivos.

Os Romanos tinham a romã como símbolo de ordem, riqueza e fecundidade.

Está provado que o consumo de romãs aumenta a testosterona, baixa a pressão arterial e regula o fluxo menstrual.

Para os portugueses, o tradicional consumo de romãs no Dia de Reis está ligado à sorte e é usado como talismã. Entre as várias tradições, diz-se que para isso se guarda a coroa e o “cu”, enrolados num papel e se colocam num lugar seco (gaveta) durante um ano inteiro para ter sempre saúde, sorte e dinheiro todo o ano.

Romãzeira (Punica protopunica)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui