ISRAEL NÃO É ESTADO DEMOCRÁTICO

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Um dos argumentos dos governos europeus e norte-americanos para defender Israel é que se trata da “única democracia” do Médio Oriente, como se atos eleitorais e multipartidarismo fossem condições suficientes para um Estado ser democrático.

Há eleições por todo o lado, há países com imensos naipes de partidos políticos, se isso fosse suficiente para considerarmos esses regimes democráticos quase não haveria ditaduras no mundo.

O que temos visto na atuação de Israel face aos palestinianos é o retrato de um Estado racista e genocida. Um Estado que invade e ocupa territórios, que mata ou expulsa as populações que lá estão, um Estado intolerante sob todos os pontos de vista. Mas faz eleições de X em X anos. Que bom.

Um estado que se fundamenta numa mensagem messiânica, nacionalista, de povo predestinado, escolhido, priviligiado, não é um Estado democrático. A ideia que um judeu que nasceu em Berlim ou em Nova Iorque tem direito a viver na Palestina, sobrepõe-se ao direito de qualquer palestiniano que nasceu em Jerusalém, Ramallah, Nablus ou em Gaza, de viver na Palestina.

Mas há mais de 70 anos que prevalece a lógica do mais forte, do que tem melhores armas. Durante 4 gerações sucessivas, os palestinianos têm sido dizimados, obrigados a viverem no exílio ou sob humilhação permanente. Não há futuro de paz numa relação tão iníqua.

Israel só existe porque serve os interesses geopolíticos dos EUA. É uma espécie de base militar americana no Médio Oriente, ancoradouro para os seus porta-aviões.  Falar em “defender a democracia” no que diz respeito ao conflito israelo-palestiniano é tentar enganar as pessoas.

Galant, Ministro da Defesa israelita reúne com Halevi, general dos EUA

Os 238 anos de História dos EUA têm sido uma guerra permanente, primeiro contra o colonialismo britânico, depois contra os povos indígenas que foram exterminados, depois contra os vizinhos, depois em conflitos mais longínquos como, por exemplo, na II Guerra Mundial, no Laos, Vietname, Afeganistão, etc. A verdade é que enquanto os regimes colonialistas europeus se desfaziam dos seus impérios em África e na Ásia, os EUA construíram o seu império global, sustentado em bases militares e no controlo de matérias-primas e rotas de comércio internacional. Na mesma lógica, os EUA sustentam Israel nesta guerra sem fim com os palestinianos.

reportagem de 2014 para a Banda TV, canal de televisão de Angola

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