A 19 de outubro de 2023, a CMTV exibiu imagens falsas de um carro submerso em consequência de um temporal. “Imagens muito elucidativas” do mau tempo dizia o apresentador desse noticiário. Nos dias seguintes, os protestos chegaram pelo correio à ERC, a entidade que deve zelar pelo cumprimento dos deveres dos órgãos de comunicação social.
Enquadrando o caso, a CMTV diz ter recebido por email as imagens que exibiu, como sendo relativas ao temporal que nesse dia atingiu várias regiões de Portugal. Não confirmou se eram fidedignas, apressou-se a exibi-las e deu-lhes a carga dramática costumeira para casos semelhantes.
Enquanto isso, o vídeo sem cortes era publicado nas redes sociais e percebeu-se que o “carro submerso” era um brinquedo de criança numa poça de água.
Hoje, 10 meses depois, a ERC deliberou sobre o caso. Depois de muito ponderar, a Entidade Reguladora da Comunicação Social diz, por escrito, que “o dever do rigor informativo impõe sempre a verificação da autenticidade dos conteúdos exibidos, pelo que, no presente caso, importava confirmar se aquelas imagens eram verídicas e se correspondiam ao acontecimento que estava a ser relatado”.
Ora, a CMTV limitou-se a alarmar em vez de informar, talvez não haja falta mais grave para um órgão de comunicação social. Ainda assim, a ERC limita-se a passar-lhe a mão pelo pêlo, quase num afago, deliberando em jeito de conselho amigo, que transcrevemos na íntegra…
Na altura, depois de apanhada em falso, a CMTV prometeu vingança e levar o autor do vídeo a tribunal, ameaçando com um pedido de indemnização pesada. Mas, até hoje, não se ouviu falar mais disso.
Este revoltante caso só prova a inutilidade e/ou a subserviência da ERC aos mídia mainstream !
O Carlos Narciso sabe o q estão a tentar fazer , tanto a ERC como a CPPJ ao jornal digital Página Um e ao seu director ??
Pesquise e ficará atónito como eu !!