O PORTO DE PAÇO D’ARCOS AO TEMPO DO PATRÃO JOAQUIM LOPES

Em Fevereiro de 1998, acompanhei o amigo Jorge Miranda por terras de Oeiras, para tirar uma série de fotografias para ilustrar o livro Viagem pelas Lendas do Concelho de Oeiras, que ele estava a fazer para a Câmara Municipal de Oeiras e que foi publicado ainda naquele ano.

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Uma das visitas que realizámos foi ao Paço dos Arcos, onde existia uma aguarela que representava uma regata realizada em Paço d’Arcos a 29 de Junho de 1857. O desenho fez-me recordar as habituais pinturas que ilustravam diários pessoais do século XIX e XX; só que desta vez era muito maior, pois ocupava uma folha de papel com cerca de 0,80 m de largura.

Embora profusamente ilustrada, apresenta os característicos traços “naïf”, com uma certa precisão nalgumas embarcações.

Curioso é o registo do porto de Paço d’Arcos protegido por dois molhes, dos quais só um existe hoje e onde se juntaram magotes de pessoas a assistir ao evento. No lado poente vê-se o forte de S. Pedro que controlava a praia, onde estão algumas embarcações varadas na praia, e o ancoradouro.

Para compreendermos melhor a imagem, publico parte de um levantamento topográfico realizado em 1842, onde pode ver-se todo o espaço da povoação, o forte de S. Pedro e o porto com os seus molhes de proteção, o palácio e a estrada para Lisboa.

Deste porto é que saía a falua do Bugio, de que Joaquim Lopes era o patrão e que usou várias vezes com a restante tripulação para salvar vários náufragos da morte na barra do Tejo.

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