Houve um tempo em que as marcas impunham as suas ofertas ao mercado, mas agora estão sensíveis às variações da procura. A nova “moda” agora parecem ser os modelos híbridos plug-in e algumas marcas já estão a redefinir estratégias.
No primeiro semestre deste ano, metade dos automóveis vendidos na Europa foram modelos híbridos plug-in, a outra metade divide-se entre os modelos com motores de combustão e os 100% elétricos, com vantagem para os motores de combustão. Ou seja, há um notório arrefecimento na procura de veículos elétricos (EV).
As principais razões para este fiasco dos elétricos são o elevado custo de aquisição, a demora nos carregamentos e a falta de infraestruturas de carregamento fora das principais zonas urbanas. Estes três fatores parecem estar a condicionar o crescimento das vendas de novos EV.
Na verdade, um carro hibrido plug-in continua a queimar combustíveis fósseis e todos os inconvenientes apontados aos EV não desaparecem nos híbridos plug-in que, tarde ou cedo, terão de carregar baterias, se quiserem poupar na gasolina ou no gasóleo. E o preço de um híbrido também não fica atrás de um EV. A vantagem é ter um motor de combustão que evita os constrangimentos apontados aos EV. Mas, sendo assim, será mais vantajoso continuar a comprar veículos tradicionais de combustão, cujo preço está cada vez mais acessível.
Nesta confusão, os sinais de retração das construtoras são evidentes. Por exemplo, a Mercedes abandonou os planos de eletrificação total da gama a partir de 2030 e a Volkswagen reformulou o plano de construir várias fábricas de baterias para EV na Europa e na América. Para já, a Volkswagen apenas confirma a construção de duas novas fábricas, uma na Alemanha (Salzgitter) e outra em Espanha (Valência).