A temperatura elevada e a concentração de centenas de automóveis em espaços exíguos, típicos de estacionamentos comerciais de automóveis, proporcionaram as condições para um incêndio que destruiu mais de 200 viaturas, segundo disse um comandante operacional dos bombeiros que combateram o fogo nas proximidades do aeroporto de Lisboa.
As imagens que os canais de televisão transmitem são reveladoras da dimensão do sinistro, mas não houve nenhuma vítima, apenas danos em automóveis.
Segundo a explicação dos bombeiros, a maior dificuldade encontrada terá sido a violência térmica e as explosões que se verificaram, sempre que as chamas atingiam um veículo elétrico. As baterias de lítio libertam muito mais energia que baterias normais dos carros com motores de combustão.
Nem de propósito, ainda há dias publicámos neste site um artigo sobre sinistros semelhantes ocorridos noutras partes do mundo.
Convém, no entanto, dizer que tudo num automóvel é alimento para fogos, desde os plásticos utilizados na carroceria e interiores, as tintas com que os plásticos são decorados, os materiais dos bancos, os pneus, tudo. Não culpem apenas as baterias.
Sempre que se estacionam centenas de veículos muito juntos, estão criadas condições para uma catástrofe do género. O que aconteceu, por exemplo, no Festival Andanças de 2016, realizado perto de Castelo de Vide, não teve nenhum contributo de baterias de lítio e, no entanto, arderam centenas de viaturas.