Na fábrica sinistrada houve 22 mortos e o incêndio levou muitas horas a ser apagado. No estacionamento subterrâneo não morreu ninguém, mas arderam 140 carros e os bombeiros levaram 8 horas para apagar as chamas.
As estatísticas dizem que os EV ardem menos que os veículos com motores de combustão, mas a percepção que o público tem é diferente. Acontece que ninguém liga muito quando um carro arde, mas se for um EV toda a gente fala nisso. Talvez o falatório se deva a dois motivos: primeiro, os EV estão no centro das atenções, depois quando uma bateria de lítio arde o “espetáculo” é exuberante e prolongado.
As baterias de íons de lítio armazenam uma enorme quantidade de energia. Se uma bateria tiver uma avaria pode acontecer um curto-circuito interno e um incêndio difícil de apagar.
Os produtos químicos inflamáveis libertam oxigénio à medida que queimam, fazendo com que os incêndios de veículos elétricos sejam mais violentos e prolongados.
Na Coreia do Sul, dizem que as baterias de lítio recicladas são mais perigosas. Segundo a imprensa do país, o EV que ardeu no silo era um Mercedes Benz que tinha uma bateria reciclada (mais barata que as novas).
Um investigador sul coreano, Kim Jonghoon, professor da Universidade Nacional de Chungnam, é citado por jornais coreanos dizendo que os proprietários de veículos elétricos não devem recarregar totalmente as baterias, já que há mais casos de incêndios quando a bateria está mais de 90% carregada.
Depois destes casos, aumentou o número de anúncios de pessoas que querem vender EV’s. Um aumento de 184%, diz a imprensa, no espaço de 7 dias apenas, citando dados da plataforma de compra/venda de carros usados K Car.
Dias depois, em Lisboa, ocorreu um desastre semelhante.