BRINCAR ÀS DEMOCRACIAS

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A Venezuela está no “quintal” dos EUA, naquilo a que se pode chamar o espaço vital dos EUA, o território que os norte-americanos precisam de controlar de modo a que não tenham inimigos junto às suas fronteiras.

O mesmo espaço vital que a Rússia reclama para si, quando vê a NATO cada vez mais próxima. Foi por isso que se deu a invasão da Ucrânia, como reação a essa aproximação do inimigo.

A existência de um regime nacionalista na Venezuela é um engulho para os EUA. E por isso os norte-americanos apoiam tudo o que seja oposição a Nicolás Maduro. E é por isso que a Rússia pretende reforçar a cooperação bilateral com a Venezuela.

Na verdade, amigos e inimigos de Maduro estão se lixando para ele, que só importa enquanto existir. Uns querem-no abater, outros querem-no manter no poder.

E é assim que temos de entender as reações à propalada vitória eleitoral de Maduro. Nas mensagens de felicitações, estão os inimigos dos EUA: Rússia, China, Bolívia, Cuba, Nicarágua e Irão.

Nas acusações de fraude estão os fiéis aos EUA: a maioria dos membros da União Europeia, Perú, Chile, Argentina, todos a subscrever a ameaça que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, que disse estar “muito preocupado que o resultado anunciado não reflita a vontade nem os votos do povo venezuelano”, e que os EUA “reagirão de forma correspondente”.

Neste xadrez da política, há quem se destaque pela honestidade de pensamento. Para surpresa de muitos, o Presidente do Brasil disse que Maduro tem de aprender que “quem perde vai embora”.

extracto da entrevista do Presidente do Brasil ao jornal espanhol El País

Uma lição de democracia, pela voz de Lula da Silva, um dos líderes da América Latina de que os norte-americanos também não gostam.

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