Microcarros sempre existiram. Os mais velhos lembram-se, certamente, do célebre “ovo”, um pequeníssimo carro de fabrico alemão com apenas três rodas. Foi um relativo sucesso comercial, numa época sem preoupações ambientais, de poupança de combustível, sem grandes engarrafamentos nem problemas para estacionar.

Hoje, os microcarros voltaram em força e, desta vez, vieram para ficar. Há uns anos, a publicidade apelava aos mais velhos, como se um microcarro fosse uma espécie de cadeira de rodas. Mas, os publicitários acabaram por se arrepender, porque foi a malta jovem que aderiu. De tal maneira que os microcarros já são um sucesso comercial.
O que se passa em Portugal não é diferente do que aconteceu já noutros países europeus. Os carritos são baratos, estacionam sem precisarem de muito espaço, quase todas as marcas têm modelos elétricos que carregam numa tomada simples.

Claro que têm limitações. Só cabem duas pessoas, são lentos (velocidade máxima de 45km/h), a bagageira é quase inexistente na maior parte dos modelos. Mas, quando apenas precisamos de um meio de transporte para irmos de um ponto a outro na cidade, fácil de usar e barato, é uma alternativa a ponderar. Além de tudo o mais, para conduzir um microcarro não precisa de ter carta de condução, apenas de uma licença que se obtém a partir dos 16 anos de idade.
Curiosamente, os vendedores dizem que metade dos clientes destes carros são empresas. Por exemplo, já reparámos que os CTT têm este tipo de veículos para a distribuição postal. Com o abandono dos motociclos, os carteiros deixam de apanhar chuva e frio, evitam quedas e as encomendas não se molham.

Se gosta de microcarros e tem curiosidade de ver os “dinossauros” deste tipo de veículos, um passeio até ao Museu do Automóvel, no Caramulo, resolverá essa questão.
