Foi o primeiro referendo local realizado em Lisboa desde sempre. Como resultado, a empresa municipal que gere o estacionamento automóvel em Lisboa não vai colocar parquímetros na Freguesia de Benfica.
O plano de expansão da EMEL previa que Benfica passasse a estar sob a sua alçada dentro de pouco tempo, mas a Junta de Freguesia decidiu referendar a questão.
Chamados a votar, os fregueses de Benfica votaram massivamente ‘não’. O resultado deste referendo local está exposto na Comissão Nacional de Eleições e diz que 79,99% dos votantes decidiram que não querem a EMEL nas ruas dos bairros de Benfica.
O resultado deste referendo também mostra que o número de votantes não chegou aos 30% e que, portanto, o resultado não é vinculativo. Mesmo assim, a Junta de Freguesia diz que vai respeitar a vontade expressa nas urnas. O parecer favorável da Junta de Freguesia é obrigatório e, sendo negativo, Carlos Moedas não vai poder contar com mais este reforço de receita da EMEL.
Em todo este processo, temos de perceber que a Junta de Freguesia de Benfica é maioritariamente constituída por eleitos do PS. No site da CNE está lá o resultado das eleições de 2021. Vitória socialista com 40,7% dos votos.
A realização deste primeiro referendo local em Lisboa resulta, assim, de uma jogada política inteligente. Seja como for, acreditamos que todos os fregueses de todas as freguesias de Portugal gostariam de ser ouvidos em questões que lhes dizem respeito. Fica o exemplo. Viva Benfica!
Eu voto para o fim dos parquimetros na minha frequesia em Oeiras. Os parquimetros não ordenam o estacionamento, são apenas uma forma de sacar dinheiro às pessoas. Não percebo porque é que temos parquimetros em zonas 100% habitacionais, onde não existe fluxo de carros sem ser dos moradores, e respetivas visitas. Acho ridículo um pai que vem visitar um filho, ou vice-versa, ter de pagar parquimetro, para que o Município tenha dinheiro para fazer mais umas rotundas. Senhor Isaltino, corte antes nas gorduras da autarquia, em vez de sacar sempre mais aos moradores.
A EMEL deveria aprender com estas ações e perceber que deveriam ter mais respeito pelo cidadão e não apenas o obetivo de sacar dinheiro e gastar ao desbarato em bicicletas e outras ações palermas.