Os norte-americanos continuam a comer cereais russos, apesar de toda a retórica contra a guerra e das sanções económicas por eles mesmo decretadas.
Segundo noticiou a agência Reuters, a Danone aumentou recentemente as exportações para os Estados Unidos dos seus produtos de alimentação infantil. Desde 2010 que a Danone está implantada na Rússia, onde tem empresas subsidiárias dedicadas à agroindústria para produção de leite e cereais.
A Danone é a segunda maior empresa mundial de fórmulas alimentares infantis. Fornece os mercados de mais de 130 países e tem fábricas espalhadas por todo o mundo, da África do Sul à Nova Zelândia, de Portugal ao Brasil, da Rússia aos Estados Unidos. É uma empresa global, demasiado grande para se compadecer com embargos políticos.
Ninguém melhor que os próprios americanos compreendem isto. Agora, quando as prateleiras dos supermercados americanos começaram a ficar vazias com falta deste tipo de alimentos, a Danone aumentou a sua quota de mercado, pôs as fábricas a produzir mais e aumentou o ritmo dos cargueiros com contentores cheios de latinhas de leite em pó.
A crise é real. Mesmo quando os produtos chegam às prateleiras dos supermercados americanos, foi decretado racionamento para se tentar evitar açambarcamentos.
