A circulação de trotinetas elétricas na vida pública transformou-se num problema. O número de acidentes está a subir, com consequências graves para os acidentados. Os condutores das trotinetas e, também, das bicicletas elétricas, normalmente não usam capacete de proteção e os traumatismos cranianos são a consequência mais comum dos acidentes.
O ACP acaba de divulgar números fornecidos pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central, segundo os quais acontecem cerca de 30 acidentes por mês com este tipo de veículos, com consequências graves que implicam internamento e cirurgias.
Estima-se que em Lisboa sejam efetuadas mais de 60 mil viagens de trotineta ou de bicicleta elétrica por dia, a avaliar pelo número de utilizações das bicicletas e trotinetas disponibilizadas pelos sistemas de aluguer.
Outro problema é a falta de seguro sempre que no acidente estejam envolvidos condutores menores de 18 anos. As seguradoras não se responsabilizam e as empresas de aluguer ainda menos, uma vez que não têm modo de impedir a utilização dos veículos por menores de idade.
Estas questões carecem de regulação legal. Em Portugal, não há lei alguma sobre a idade mínima para o aluguer de bicicletas e trotinetas elétricas. O uso de capacete devia ser obrigatório e devidamente fiscalizado pela polícia.
