Depois dos cidadãos portugueses de origem africana terem conseguido sair do país, multiplicam-se os casos de discriminação e de racismo por parte de militares e guardas fronteiriços da Ucrânia.
A maioria das vítimas deste tipo de agressão são jovens africanos, estudantes em diferentes universidades na Ucrânia.
Da Nigéria até à África do Sul, muitos Governos estão a protestar pelo tratamento que os seus cidadãos sofrem na Ucrânia. De tal modo que a União Africana teve de intervir.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, a União Africana diz estar “preocupada com as informações que chegam sobre as dificuldades para atravessar a fronteira impostas a muitos cidadãos de diferentes nacionalidades africanas”.

O comunicado é assinado pelo chefe de Estado do Senegal, Moussa Faki Mahamat, presidente da Comissão da União Africana, que lembra que “em situação de conflito, atravessar uma fronteira é direito de todos, seja qual for a nacionalidade ou identidade racial”. Um tratamento diferente é “inaceitável, chocante e racista”, diz o dirigente africano.
No site Africanews, em língua francesa, estão relatados vários casos deste tipo. Também o site Euronews refere o caso dos portugueses de origem africana e relata outras situações idênticas.