João Real terá de ser muito convincente para fazer com que o juiz que o interroga não decrete prisão preventiva. O problema é o alarme social provocado pelas notícias que o transformaram num monstro assassino. E pode não ser assim.
Pelo que conseguimos apurar, é muito mais provável que João Real precise de médico do que de carcereiro. Alguma verdade pode haver nas suspeitas que levaram o FBI a avisar a Polícia Judiciária sobre o perigo que João representaria, mas não deixa de ser estranho que o FBI não consiga tomar conta da própria casa (nos EUA são frequentes os massacres em escolas) e tenha dado atenção a um rapaz de 18 anos, proveniente de uma freguesia rural do concelho da Batalha, filho de gente pacata.
Falou-se em arsenal que teria sido encontrado em casa do João. Afinal, são facas e catanas. Ainda assim, alguns jornalistas continuam a citar o comunicado da PJ que refere “armas proibidas”. Quem não tem em casa uma ou duas facas de cortar carne ou peixe? A catana pode ser um objeto de artesanato, um recuerdo de alguma viagem, um elemento de decoração, não sabemos. As notícias referem “botijas de gás”. Que botijas, quantas botijas, botijas de que tipo? Não sabemos. Podem ser botijas de campismo. Uma ou duas, não podem ser tomadas como indício seja do que for. Se forem mais, terá de haver uma explicação para o “açambarcamento”.
Olhando para o Facebook deste rapaz, não há nada que leve a supor tratar-se de alguém que possa por em perigo a sociedade. Percebe-se que gosta de jogos de computador. Hoje, todos os jogos de computador são violentos. Todos os jovens adolescentes praticam jogos de computador violentos.
Nas fotografias aparece com um sorriso tímido. Os amigos que lá constam são, aparentemente, gente normal. Há contudo um pormenor que é a quantidade de “amizades” facebookianas de origem estrangeira, polacos muitos deles e delas.
Poderá isto revelar alguma solidão? Falta de amigos próximos, na escola…? Os relatos de outros estudantes da Faculdade de Ciências mostram que muitos não sabiam sequer da existência de João nas salas de aula, o que não significa que ele não estivesse lá. Mas não dava nas vistas. Agora dá, até demais. De repente, transformaram o João numa espécie de inimigo público nº1.
Só não menciona o plano de ataque … mas de resto sim era tudo só elementos de decoração. E claro o plano de ataque era para fazer um jogo muito giro para computador claro que sim …
Não sabemos, não vimos, não nos mostraram…
Uma análise sóbria d situação “wolioodesca”