Acabou-se-lhes o descanso

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A detenção, ontem, de Luís Filipe Vieira (entre outros dirigentes e sócios do Benfica) veio demonstrar a utilidade da comissão de inquérito parlamentar às perdas do Novo Banco, que investiga as circunstancias em que foi criado um buraco financeiro que tem estado a ser pago pelo erário público e que se deve aos calotes que alguns empresários pregaram ao Banco Espírito Santo.

No momento em que o antigo dono do BES está já a ser julgado e que Joe Berardo foi igualmente detido, Luís Filipe Vieira vai ter de explicar ao juiz Carlos Alexandre todas as dúvidas que existem sobre os seus investimentos e sobre os quais existem suspeitas de fraude, branqueamento de capitais, fuga ao fisco, etc.

Quando o presidente do Benfica não foi capaz de responder às várias questões que lhe foram colocadas nessa comissão de inquérito parlamentar, adivinhou-se que tarde ou cedo iria ter de encarar quem o pode pôr mesmo a ver o céu aos quadradinhos.

Recordemos agora o vídeo sobre as respostas de Luís Filipe Vieira na Assembleia da República e que publicamos a 12 de maio.

Foi precisamente no dia em que Luís Filipe Vieira foi inquirido no parlamento que foi anunciado que esta comissão de inquérito estava a enviar para o Ministério Público as declarações dos inquiridos que indiciavam a prática de crimes. Nesse dia havia apenas os casos de António João Barão e Bernardo Moniz da Maia, que os deputados decidiram remeter para a Justiça.

Hoje sabemos que também as declarações de Luís Filipe Vieira seguiram o mesmo caminho. E apostamos que houve outros casos.

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