É o caso dos “mupies” nas paragens de autocarros. Garantem que se pode deixar a bicicleta à porta do local onde vamos. Mas tal não é possível. Mesmo que tenha uma desdobrável.
Existem também ciclovias com inclinação impossível de vencer, como na Avenida das Forças Armadas ou na Avenida Marechal Gomes da Costa. Claro que descer a Avenida Almirante é possível, mas subir é difícil.
Quando se vai de bicicleta a algum lado não existe qualquer possibilidade de a estacionar. Nem os supermercados com espaço nas entradas.
Deixar uma bicicleta de 300 (não elétrica) ou 750 euros (elétrica) na rua quer dizer que em pouco tempo será roubada. O roubo não é um caso português. Nos Países Baixos, onde Amesterdão tem 700 mil, uma por cada habitante, existe uma Polícia das… Bicicletas.
Ter bicicletas em Lisboa levanta outro problema. Onde é que se enfiam, pelo menos, duas bicicletas de um casal, mesmo dobráveis? Pior, como é que se vai levar os filhos à escola e depois se ruma ao trabalho a quilómetros de distância? Metem-se as dobráveis no comboio? Ou o mesmo passageiro utiliza duas bicicletas suas, como nos Países Baixos?
Já nem se fala nas elétricas, cujo preço mais baixo anda nos 750 euros e a bateria é de duração limitada. Estamos perante um caso de nonsense, sem estudos prévios ou medidas complementares. Já agora, Medina usa bicicleta?
O texto está cheio de ignorância, desconhecimento.
Basta passar nas avenidas referidas e ver as bicicletas que por lá circulam. Electricas e não só. O José Ramos provavelmente não consegue subir? Há quem não consiga subir? Há e haverá sempre mas com uma eléctrica não há rua que não se faça.
Portanto como também se roubam automóveis, ninguém anda de carro. É isso? Qualquer loja de bicicletas poderá recomendar ao Zé um eficaz cadeado e ensinar algumas técnicas de evitar que a “sua” bicicleta seja roubada.
Há já na maioria dos super-mercados estruturas fixas para parquear bicicletas de forma segura.
Podem “meter-se” dobráveis e não só no comboio. Pode-se levar os filhos à escola e ir trabalhar a quilómetros de distância. A 3, a 4, a 10, a 15… à distância que as pernas aguentarem. Pelo menos eu posso.
Dizer que não há estudos é só pateta, porque se há estudos é sobre as questões da mobilidade e se o Medina usa bicicleta, provavelmente não mas gostava. Garanto-lhe!