O primeiro-ministro foi colocado em isolamento profilático, depois de ter estado em contacto com um elemento do seu gabinete que está infetado. É a segunda vez que António Costa fica em isolamento, depois de ter estado com o Presidente da França quando este esteva igualmente infetado.
Acontece que o primeiro-ministro já foi vacinado (com as duas doses) e, por princípio, nunca reúne com outras pessoas sem usar máscara. Além disso, Costa foi testado com resultado negativo.
Nestas circunstâncias, o Presidente da República diz que as autoridades sanitárias devem explicar publicamente o motivo para ser imposto o isolamento ao primeiro-ministro.
“Isto tem de ser explicado, para que não haja a ideia errada de que a vacina não serve para nada. Nós temos de vacinar e vacinar mais, há uma campanha de vacinação importante em curso e por isso é bom que os portugueses não fiquem com dúvidas”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
“Tem de se explicar bem, para que não apareça como uma desvalorização da vacina”, disse Marcelo Rebelo de Sousa e que essa explicação deve ser prestada pelas autoridades sanitárias.
“Eu acho que esta explicação é importante, se não as pessoas ficam baralhadas, e a autoridade do Estado implica a credibilidade, credibilidade quer dizer que as pessoas acreditem em quem define regras, porque, se deixam de acreditar, entram em desconfinamento selvagem, que não tem nada a ver com desconfinamento organizado”, argumentou.
Entretanto, os índices de transmissibilidade e incidência da COVID-19 continuam a subir. Os números foram revelados no boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Portugal regista esta quarta-feira mais 2.362 casos de novas infeções e quatro óbitos associados à doença.
A região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.336 novos infetados, é a área do país com mais novas notificações, com 56,6% do total de diagnósticos.
Em todo o território nacional, há agora 504 doentes internados, mais 12 do que ontem, e 120 em unidades de cuidados intensivos (UCI), mais um do que na terça-feira.