A cidade da Amadora pode ser o local mais improvável para se encontrarem vestígios arqueológicos. O concelho está quase completamente urbanizado, restam apenas algumas áreas livres de construção moderna. O que resistiu ao passar dos séculos acabou por ficar debaixo das fundações dos inúmeros blocos de apartamentos que fizeram da Amadora a maior cidade satélite de Lisboa.
Mas, ainda assim, foram encontrados e investigados alguns sítios arqueológicos. Um deles é o sítio do Moinho do Castelinho, uma necrópole romana situada no bairro da Falagueira. Desses trabalhos arqueológicos demos conta nesta reportagem vídeo, publicada há um ano.
Desses trabalhos arqueológicos levados a cabo por arqueólogos da autarquia, resultou um outro projeto chamado “Dar rosto à Villa ”, que deu origem a uma experiência interessante, em parceria com artistas da Faculdade de Belas Artes de Lisboa, investigadores de antropologia de Coimbra e outros cientistas da Universidade de Lisboa, que resultou na reconstituição facial de uma mulher romana cujo crânio foi retirado da necrópole encontrada na Amadora. Vejam o vídeo:
Seria mais ou menos assim, o rosto dessa mulher morta e enterrada no Moinho do Castelinho, na Falagueira. É evidente que a opção de lhe colocar cabelo loiro e olhos azúis é meramente estética. Não creio que tenha algum fundamento científico. Nesta necrópole já foram encontradas 41 sepulturas, até agora.