Confinamento eterno

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O governo português e outros cinco países europeus, à semelhança do que a China fez, querem desenvolver aplicações para telemóvel que permitam rastrear os movimentos das pessoas, com quem nos encontramos, com quem falamos quando nos sentamos numa esplanada ou numa sala de reuniões no interior de um edifício qualquer.

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O combate à pandemia está a ter consequências muito para além da saúde, da economia, do ensino, enfim, muitos setores económicos e sociais têm sido afetados mas há questões de que ninguém fala e, com o tempo, serão as questões onde iremos ter maiores mudanças e consequências. Estou a falar, basicamente, da Liberdade.

O governo português e outros cinco países europeus, à semelhança do que a China fez, querem desenvolver aplicações para telemóvel que permitam rastrear os movimentos das pessoas, com quem nos encontramos, com quem falamos quando nos sentamos numa esplanada ou numa sala de reuniões no interior de um edifício qualquer.

Quais são os países: Alemanha, França, Espanha, Itália e Portugal. Este entendimento foi obtido numa reunião recente dos membros dos governos destes países responsáveis pelas áreas da digitalização… não foram ministros da saúde que acharam bem as aplicações de rastreamento… foram pessoas que trabalham na digitalização… no caso português estamos a falar do secretário de estado para a transição digital, ministério da economia e da transição digital.

Portanto, a motivação dos governos não é a questão da saúde pública… o que os motiva é a saúde da economia. Nada que na verdade não soubessemos já.

Mas estes membros do governo quando concordam em impor às pessoas o uso de uma aplicação que transmita em permanência onde estamos e com quem estamos, usam argumentos que podem ser válidos para as questões da saúde pública. Vou ler:

– “Com base nos trabalhos de epidemiologistas, encaramos a tecnologia como uma ferramenta útil do nosso tempo”

– “as aplicações de alerta e de rastreamento são um elemento importante na identificação das pessoas interligadas e podem limitar a propagação da doença e interromper as cadeias de transmissão, acelerando o processo de notificação das pessoas”

– O desafio “é desenvolver soluções técnicas eficazes para além das fronteiras dos Estados-membros, levando em consideração as especificidades nacionais”

Ou seja, a vigilância não ficará circunscrita ao espaço nacional, quando viajarmos continuaremos sob vigilância através dessas apliações que eles querem desenvolver – provavelmente já mandaram alguém produzir essas aplicações.

Em que é que isto colide com as nossas liberdades? Em tudo.

No início sei que a coisa será apresentada como uma necessidade para combater a atual pandemia, mas depois não será dificil encontrar novos argumentos, a saber: a necessidade de combater o terrorismo (todos somos suspeitos de sermos terroristas), a necessidade de conter sublevações da ordem pública (eles passarão a saber com rigor quem foi a uma manifestação), ou a necessidade de combater a criminalidade (todos somos assassinos ou assaltantes de bancos em potência)…

No início sei que a coisa será facultativa, até certo ponto… só usa quem aceitar, mas à medida que as pessoas se forem deixando convencer pela necessidade, pelo marketing e pela pressão social, quando esse número for relevante, passará a ser obrigatório sob um pretexto qualquer que na altura irão inventar.

É assim, vai ser assim, que seremos controlados.

No tempo da União Soviética, quando um estrangeiro chegava a Moscovo, entregavam-nos um impresso oficial que dizia no rodapé “é proibido perder este documento”. É proibido perder…

Daqui a um tempo, neste tempo de pós-democracia, iremos receber telemóveis que não poderemos perder com uma aplicação que não poderemos apagar. Será uma espécie de confinamento eterno.

1 comment

  1. Toda essa tecnologia que querem implantar ao povo Português para nos roubarem a liberdade, que a metam no buraco onde o sol não entra, quanto ao Covid-19 isso é tudo uma mentira, uma farsa, ao ser verdade gostava de ver as autópsias dos que estão morrendo e mais não digo.

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