O Presidente do Egipto também tem um plano para a reconstrução de Gaza, não só as zonas com vista de mar, mas para todo o território destruído por Israel na guerra de retaliação ao ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
Não se conhecem ainda pormenores do projeto do Presidente El-Sisi, mas sabe-se que não prevê a expulsão dos palestinianos. Quanto ao plano de Trump, também não conhecemos detalhes, apenas que obrigaria à expulsão de toda a população, excepto aqueles que pudessem trabalhar como pedreiros.
Este assunto foi mencionado na reunião do Presidente egipcio com o Presidente do Congresso Mundial Judaico, o americano Ronald Lauder, segundo se lê na informação patente no site da Presidência egípcia.
“O Presidente El-Sisi reiterou a necessidade crítica de lançar o processo de reconstrução da Faixa de Gaza, rejeitando categoricamente qualquer deslocação forçada dos seus habitantes das suas terras. O Presidente confirmou que o Egipto está a desenvolver um plano abrangente a este respeito”, foi escrito no 4º parágrafo do documento.

A reunião com Lauder serviu para discutir pormenores sobre o processo de troca de prisioneiros, em curso entre o Hamas e Israel. Os dois discutiram também os termos de um cessar-fogo definitivo entre as partes. Não foi um encontro meramente protocolar, uma vez que o Egipto tem sido um dos mediadores deste conflito e tem recebido muitos feridos palestinianos, desde que Israel permita que saiam de Gaza.
Quando o Presidente norte-americano, Donald Trump, sugeriu que o Egito e a Jordânia acolhessem os palestinianos de Gaza, o Presidente egípcio disse que não pactua com injustiças.
Por estes dias, milhares de soldados egípcios têm realizado exercícios de guerra junto à fronteira com a Faixa de Gaza, com a utilização de meios terrestres e aéreos.
Como não há coincidências, podemos afirmar que estes exercícios militares serão um aviso para Israel desistir da ideia de expulsar os palestinianos da Faixa de Gaza.
Revelador da intensa atividade diplomática desenvolvida pelo Egipto pela causa palestiniana, estão as recentes visitas de El-Sisi a Espanha (que reconheceu o Estado da Palestina) e à Arábia Saudita para reunir com o rei saudita e representantes dos Emiratos Árabes Unidos, Qatar, Kuwait, Bahrain, e ainda da Jordânia.
