RECLUSOS DENUNCIAM CADEIA SEM CONDIÇÕES

As condições de vida no Estabelecimento Prisional (EP) de Guimarães são deploráveis. Os reclusos acabam de divulgar um abaixo assinado onde denunciam as “condições desumanas” que têm de suportar, o horror do dia a dia naquela prisão.

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“Às 8 horas da manhã temos de tomar banho com água fria”, lê-se no documento manuscrito que os reclusos fizeram sair da cadeia. Explicam que a infraestrutura tem apenas dois cilindos de 200 litros cada para aquecer água para os duches, o que é manifestamente insuficiente para o número de reclusos naquela cadeia. Só os primeiros 20 conseguem ter água quente, os restantes enrijam as carnes com a água gelada deste inverno rigoroso.

Frias são também as refeições que lhes põem à frente na mesa, além de mal confecionadas, segundo dizem.

A sobrelotação das celas é outra queixa. Neste EP vivem 8 reclusos em celas de 16 metros quadrados e não há dispositivos de alerta para situações de emergência.

Dizem ainda que não há a mínima privacidade na hora das visitas. “Os familiares sentados num banco comprido, uns a seguir aos outros, os reclusos sentados em cadeiras em frente aos familiares, ouvem-se as conversas uns dos outros”, explicam no documento.

As queixas não terminam aqui, são três páginas A4 preenchidas com letra miúda. No final, falam em discriminação, uma vez que as instalações dos guardas têm aquecimento e nas celas gela-se. Aparentemente, o quadro elétrico não aguenta todas as necessidades de aquecimento do edifício e quem paga são os reclusos.

O documento foi assinado pela maioria dos reclusos do EP de Guimarães. Este tipo de queixas são recorrentes nos estabelecimentos prisionais portugueses.

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