As perguntas têm razão de ser! É uma dúvida que me atormenta, também. Sei que a residência do Imperador Guilherme era a dos Reis da Prússia: o Berliner Schloss, um palácio colossal ocupando um enorme quarteirão, em Berlim.
Visto tratar-se de uma arma diplomática, apenas utilizável pelos corredores do palácio, não servia para ser usada, por exemplo, quando se montava a cavalo. Duvido que o imperador alemão alguma vez a tenha usado, até porque não existe nenhuma referência ao respectivo cinto e suas guarnições, que deviam ser mencionados, porque tinham de condizer com o conjunto.
Assim, o seu lugar normal seria o de fazer parte do guarda-roupa de Sua Majestade. No nosso Palácio da Ajuda também era assim! No de Buckingham também. Não me parece que tenha ido parar a algum museu, por não ser peça antiga. Logo, penso que o normal terá sido manter-se no roupeiro, onde deveria haver meia dúzia delas, mas todas feitas no Deutsches Reich (Alemanha).
O palácio Berliner Schloss
Foi neste palácio que se deu, a 9 de Novembro de 1918, a revolução judaico-comunista-anarquista que obrigou o imperador Guilherme II (neto de Guilherme I) a vergar-se à imposição de abdicar de ser o Imperador do Deutsches Reich.

Para melhor se compreender a situação, importa saber que os altos comandos militares, tanto das Forças do Eixo como dos Aliados, haviam chegado à conclusão de que esta Grande Guerra já não tinha sentido algum. Transformara-se numa chacina de povos, algo que nunca fora desejado. Com a autorização dos Chefes de Estado e dos Monarcas envolvidos, combinou-se então que o dia 31 de Outubro de 1918 seria o dia do fim da guerra e todos aceitaram que não haveria nem vencedores nem vencidos, para, em paz, saírem todos das suas posições, sobretudo nas trincheiras da Flandres. Com uma amnistia geral se começaria a tratar dos feridos e a reerguer-se das cinzas.
Do ponto de vista histórico, esta atitude não era desconhecida, pois que já na Guerra dos 30 Anos (1618-1648) tal se prometera e cumprira. Só que, no século XVII, que se saiba, não havia organizações secretas a puxarem os cordelinhos e a ”pedir” aos seus seguidores «a paga pelos favores recebidos», exigências que, por sua vez, iriam acabar em banhos de sangue; nos séculos XIX e XX, porém, essas organizações causaram muitos assassinatos políticos por toda a Europa: no ano de 1908 em Lisboa; em 1914, Sarajevo – para apenas mencionar dois; mas foram mais de uma dúzia.
Começaram, então, as figuras sinistras a tecer as teias da morte, usando a numerologia como padrão-mestre. O dia mais triste para os Cristãos é o dia onze, que significava a glória das duas colunas da Cabala. Assim, contaram precisamente onze dias desde o prometido 31 de Outubro e não saíram das suas posições nas trincheiras, deixando os alemães, os austríacos e os turcas saírem das suas e voltarem para casa. E, de repente, ocuparam as posições do lado germânico, cercando tanto a Alemanha como a Áustria, por terra e por mar, impedindo a entrada de comida e de petróleo. Esta decisão causou a morte à fome de cerca de 600 mil a 700 mil pessoas no Deutsches Reich e foi o primeiro prelúdio para o Tratado de Versalhes (1919).
O palácio saqueado
O que concretamente se passou no Berliner Schloss foi o seguinte. Para já, estavam a chegar, hora a hora, mais informações de que os Americanos, Ingleses, Canadianos, Australianos, Neozelandeses, Franceses, Belgas, Holandeses e muitos mais haviam ocupado as trincheiras todas e montavam postos com artilharia pesada à volta de todas as fronteiras com o eixo germânico-turco. Ficava, pois, claro que a palavra de honra dada pelos Altos Comandantes Militares não estava a ser minimamente honrada pelos políticos.
Portanto, nova guerra haveria e mais medonha do que aquela cujo fim muitos já estavam a festejar.
Ainda para mais, quem mostrou estar ao lado destes revoltosos foram algumas das pessoas que estavam a servir diariamente o Kaiser no seu palácio. No momento em que o Kaiser foi confrontado por dois dos seus tão queridos Alexandriner (corpo de elite de cavalaria que o acompanhava em todas as saídas e dos quais estava convencido que nunca o iriam trair), que lhe apresentaram as condições da sua abdicação, o Kaiser quebrou: arrancou-lhes o documento das mãos, nem sequer o quis ler e com a pena em letra exageradamente grande e muito inclinada, assinou-o em raiva transparente, saindo logo a seguir, para se meter no comboio, que o foi levar para o exílio na Holanda. O secretário ainda correu atrás dele com outro documento para assinar.
Afinal, Guilherme não era apenas o Imperador do Deutsches Reich, mas, independentemente disso, era também o Rei da Prússia. A notícia da abdicação de todos os outros monarcas de língua alemã, estava a chegar nesse mesmo dia, qual bater de cascos de cavalos apocalípticos. O Rei da Prússia, então, simplesmente disse redondamente que “NÃO!”, não iria assinar mais nada! Assim surgiu a situação única de a Prússia continuar a existir. A República de Weimar manteve o governo prussiano, o que também viria a acontecer durante os doze anos de governo do Partido Nacional Socialista Operário Alemão. O último primeiro ministro da Prússia nessa altura e até 1946, foi o ás da Força Aérea Alemã da 1ª Guerra Mundial, Luftfeldmarschall Hermann Göring, em acumulação de funções.
Nesse dia 9 de Novembro de 1918 – portanto, 11 dias depois do esperado 31 de Outubro – no mês 11, pelas 11 horas e 11 minutos, o revolucionário Karl Liebknecht declarou o fim da monarquia do Berliner Schloss e o estabelecimento da República Socialista. Dá-se, minutos depois, o saque do Berliner Schloss: foram os empregados, que, extremamente zangados por lhes ter sido comunicado que todos, a partir desse momento, seriam dispensados, sem reformas nem mais nada, resolveram pegar em tudo o que era objecto de valor, não como lembrança, mas como algo que eventualmente poderiam transformar em dinheiro. Nestas situações de extrema turbulência civil, são precisamente os objectos em metais preciosos ou com pedras de valor os mais procurados. Por esta razão me parece possível que o presente de Portugal tenha desaparecido nessa altura; mas não há conhecimento concreto disso.
A destruição do palácio
Em 3 de fevereiro de 1945, o palácio não sobreviveu ao bombardeamento destinado a arrasar de vez a aristocracia alemã. Foram lançadas duas bombas gigantes de uma tonelada de TNT cada e mais algumas dezenas de bombas de 250 kg.

A sua ruína total assim provocada ainda ardeu durante quatro dias. Apenas por mero acaso a espada portuguesa poderia ter sido levada a salvo para outro local antes destes acontecimentos. Mero sonho meu, sem base real… A espada portuguesa desapareceu, até hoje.

Mas as questões acerca do destino da espada levou-me a escrever às entidades oficiais alemãs. Aproveitei e enviei-lhes o que fora publicado no Duas Linhas: também lhes faz bem terem de traduzir o texto da língua de Camões para a de Schiller e Goethe. A quem for apresentado tal pedido penso que vai gostar de ler o seu conteúdo.
Aditamento do autor:
Como há aqui pormenores acerca da numerologia aplicada à política, aproveito para chamar a sua atenção para apenas algo que simplesmente registo como “ curioso”.
Todos sabemos que os americanos escrevem primeiro o mês e apenas depois colocam a data do dia. Assim usam “NINE, ELEVEN” = “9-11”, falando do desastre gigante da queda das Torres Gémeas; estas, por sua vez, simbolizam as duas colunas da Cabala!
Agora para nós, europeus, “9,11” significa o dia NOVE do mês de Novembro, precisamente o dia em que, no Palácio de Berlim (09-11-1918) se desenrolou a desgraça da Queda do Império Alemão, com a abdicação de Guilherme 2º.
Ora, na minha memória há mais outros NOVES DE NOVEMBRO que me tocam campainhas: nomeadamente, foi no DIA 09-11-1989 que CAIU O MURO DE BERLIM!