Em Israel, a empresa Elbit Systems é considerada a principal fabricante mundial de naves não tripuladas de uso bélico e, ao mesmo tempo, já foi alvo de sanções de França, Noruega, Dinamarca e Suécia por envolvimento em violações de direitos humanos. O mais recente movimento conhecido da Elbit Systems foi a compra da brasileira Mectron Engenharia, empresa especializada em comunicações militares.
A Elbit Systems é responsável pela fabricação de quase todas as aeronaves não tripuladas usadas por Israel nos ataques à Faixa de Gaza, ou seja, é a responsável por grande parte das mortes de crianças palestinianas e da população civil em geral.
Durante o Campeonato do Mundo de Futebol de 2014, os drones da Elbit Systems foram utilizados para a vigilância nos estádios e nas ruas, monitoraram as movimentações das multidões e ajudaram a controlar manifestações de rua.
O topo de gama da Elbit Systems é o drone Hermes 900, um aparelho que pode ser equipado com armamento ou bombas e que tem uma autonomia de voo de 36 horas e que pode voar até 300 km de distância da base transmitindo imagens.
Outro campo de ensaios para drones e robots militares é a Ucrânia, evidentemente. Os americanos têm ali uma oportunidade única de testar as inovações contra um adversário realmente poderoso.
A Rússia já desenvolveu drones para abater outros drones e as batalhas aéreas entre drones russos e americanos ou ucranianos acontecem diáriamente.
Por ser uma arma fundamental para as modernas táticas militares, a Rússia acaba de estabelecer um programa de desenvolvimento de novas armas com a China, e os drones estão na linha da frente desse programa.
Segundo a agência Reuters, que diz ter tido acesso a documentos secretos da espionagem ocidental, a Rússia e a China já estão a testar um novo drone aéreo denominado Garpiya-3 (G3). Os testes decorrem em território chinês. Esta nova arma deverá entrar em ação nos campos de batalha dentro de pouco tempo.
Segundo a Reuters, o G3 pode viajar cerca de 2.000 km com uma carga útil de 50 kg de armamento ou de explosivos.
Oficialmente, Pequim nega que a China ou empresas chinesas tenham fornecido armas à Rússia para uso na Ucrânia, e continua a dizer que a China se mantém neutra no conflito entre a Rússia e a Ucrânia. A questão será perceber se a China considera que o conflito apenas envolve estes dois países ou se considera que os membros da NATO também estão ativamente envolvidos na guerra contra a Rússia.
Rússia e China estarão a conjugar esforços para desenvolver um outro drone capaz de carregar 400 kg de explosivos. Será uma arma semelhante ao drone americano Reaper que a Ucrânia já terá recebido.
A Rússia não esconde o seu interesse por este tipo de arma. Ao mesmo tempo que a indústria militar russa desenvolve novas armas e aumenta a produção das que já utiliza, a importação tem aumentado exponencialmente. A Reuters afirma que foi o próprio Presidente da Rússia quem anunciou a compra de 140 mil drones em 2023 e que havia planos para aumentar esse número dez vezes durante 2024.
“Quem reage mais rápido às exigências no campo de batalha ganha”, terá dito Putin, citado pela Reuters.