Sinceramente, gostava de ver os militares israelitas a terem de enfrentar um exército a sério. Ali à volta não há nenhum excepto, talvez, o egipcio. Mas teria de ser sem porta-aviões americanos nas redondezas. Um mano a mano, sem ajudas e sem batotas.
Aquilo que temos estado a ver, todos os dias, desde que a ‘bolha’ da raiva rebentou em Gaza, no dia 7 de outubro de 2023, é um mero exercício de tiro ao alvo. No alvo podem estar crianças ou mulheres, velhos ou doentes, que vai bala na mesma. Pim pam pum, cada bala mata um.
Além dos porta-aviões, os americanos prestam vários serviços a Israel. Põem os satélites a espiar e a fornecer coordenadas para o tiro dos artilheiros ou dos pilotos de caças bombardeiros. É tal o empenho que há até quem diga que, na verdade, são os americanos que andam a matar árabes a eito. Se não os podes controlar, mata-os, parece ser a doutrina dos states.
Além dos porta-aviões e dos satélites, das armas e das munições, também a propaganda é produzida pelos canais de televisão americanos e nas redes sociais controladas por eles. É uma espécie de guerra chave na mão, serviço completo.
O que vimos na Assembleia Geral das Nações Unidas foi uma larga maioria de países a condenar as ações militares israelitas e a deixar Netanyahu a discursar para uma sala quase vazia. As televisões americanas e europeias cortaram essa parte. Nas redes sociais é que ainda se vê alguma coisa.
Mesmo depois da decisão condenatória do Tribunal Penal Internacional, Israel continua a matar crianças. Além de Gaza e Cisjordânia, agora é no Líbano, na Síria, no Iémen e ameaçam o Irão. Sempre com a garantia de segurança que a máquina de guerra dos Estados Unidos proporciona. E a cobardia política da maioria dos Estados europeus e árabes.