Na Guiné-Bissau há um homem que sonha com paz e reconciliação nacional. Tem com ele um grupo de cidadãos guineenses e prepara-se para dar início à implementação do plano que delinearam.
João Bernardo Vieira, advogado e militante do PAIGC, desafia os políticos do seu país para uma mudança de discurso e do modo de fazer política, sem armas, sem violência verbal, sem egoísmos e colocando o bem-comum à frente de qualquer outro interesse.
Seria quase uma revolução.
Hoje, no dia em que Amílcar Cabral faria 100 anos de vida, celebramos a efeméride com uma conversa com esse guineense que tem esperança de um futuro brilhante para a Guiné-Bissau, tal como Cabral também teve.
A Agenda para a Paz e Reconciliação Nacional já valeu alguma visibilidade na cena internacional a João Bernardo Vieira. O Prémio Madre teresa de Calcutá foi-lhe entregue no Dubai, recentemente. Atrás disso, artigos em jornais, entrevistas, nos países vizinhos da Guiné-Bissau, têm ajudado a ampliar a voz deste ativista.
O Prémio Internacional Madre Teresa, criado em 1997, pretende reconhecer indivíduos notáveis que contribuem significativamente para a paz e o desenvolvimento social.
Com esta atribuição a João Bernardo Vieira, o juri do prémio reconhece a importância crucial da paz e da reconciliação na Guiné-Bissau, um país sempre em convulsões e instabilidade política.
A tentativa de golpe de 2 de fevereiro de 2022, desencadeou a mais recente crise que já provocou mortes nas ruas de Bissau, a dissolução do parlamento e a consequente contestação política.