Hoje e nos próximos dias, deveriam ser dias de festa na Guiné-Bissau. Depois da proclamação unilateral da independência em 24 de setembro de 1973 feita por Nino Vieira, em Madina do Boé, festejamos hoje o reconhecimento oficial dessa proclamação e, dentro de dois dias, a data do aniversário de Amílcar Cabral que, se fosse vivo, celebraria 100 anos.
Em 10 de setembro de 1974, Portugal reconheceu a independência da Guiné-Bissau e colocou um ponto final no colonialismo no território guineense. Foi o fim de uma guerra que matou muitos jovens portugueses e guineenses, no mais difícil dos conflitos coloniais de Portugal em África.
Logo depois da revolução de 25 de abril de 1974, em Portugal, foi negociado informalmente um cessar-fogo no território, seguido da assinatura formal desse acordo em 26 de agosto de 1974, em Argel. Foi nesse documento que ficou escrito que no dia 10 de Setembro desse mesmo ano, o Estado Português reconheceria formalmente a independência da República da Guiné-Bissau, como Estado soberano. E assim foi.